Em outro momento de nossa história recente, aqueles que eram detentores do poder de governo utilizavam forças de segurança dos estados para espionarem seus adversários através de GRAMPOS TELEFÔNICOS, como já foi descoberto e divulgado pela imprensa. Hoje, com os avanços da tecnologia da informação e a dificuldade de acesso as conversas alheias, em sua maioria realizada através de aplicativos os conspiradores precisaram recorrer a outros mecanismos de espionagem política. A ESPIONAGEM POLÍTICA JUDICIAL.
O Brasil tem um histórico de má utilização das unidades de inteligência das forças de segurança para uso político. Tanto aqui na Bahia, quanto em outros Estados brasileiros existem denúncias e processos, de uso das Secretarias de Segurança Pública (SSPs) para espionagem política. Na Bahia podemos citar o caso do ex-senador Antônio Carlos Magalhães (PFL) - amplamente repercutido pela imprensa nacional entre 2005 - e o atual Governador da Bahia Rui Costa (PT) – acusado pelo Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia (ADPEB/Sindicato) em Nota distribuída à imprensa no último dia 5 de maio.
Na política, informações sobre adversários são verdadeiras armas, de grande potencial eleitoral e, que por vezes, podem interferir diretamente no resultado das urnas.
Hoje, por mera conveniência política, políticos e partidos remodelaram seu foco de crítica a adversários para essa pauta subjetiva e impalpável. Isso pela dificuldade que encontram para acusá-los de corrupção e outros crimes graves contra a administração pública e o povo.
Vale lembrar quais partidos, políticos e candidatos que há anos fomentam ´fake-news` do tipo: “Se ele ganhar vai acabar com o Bolsa Família.” “Se ele ganhar vai acabar com o Fies.” “Ele não gosta de Pobre.” “Ele não gosta de preto.” E por aí vai...
Tudo isso, muito claramente, faz parte da prática de ensinamentos de Lênin que, dentre outras orientações pregava o seguinte: “Acuse-os do que você faz, chame-os do que você é.” Não é a toa que vemos uma esquerda que sempre foi raivosa e totalitária, ao ponto de participar de guerrilhas armadas até pouco tempo atrás, que também aparelhou entidades sindicais que promoveram por anos quebra-quebra, incendiários de pneus, de coação de trabalhadores com agressões físicas e verbais nas portas das empresas, e que agora criam rotulações como “gabinete do ódio” aos adversários.
Porém, o Brasil e a Bahia sabem muito bem quem são os grandes propagadores de “fake-news” e do ódio. E é exatamente pelo fato da população saber que hoje está existindo a nova modalidade de espionagem política judicial, em que políticos se utilizam de magistrados com dívidas diretas a classe política (alguns deles ex-ocupantes de cargos de primeiro escalão em governos anteriores) para dar viés judiciário ao que é, efetivamente, disputa política pelo poder.
Cleiton Pereira cleitonmpe@hotmail.com é chefe de gabinete e servidor de carreira da Superintendência de Trânsito e Transporte Público de Camaçari (STT), consultor de trânsito e transporte e ex-presidente da Juventude do Partido Democratas de Camaçari.
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