Caro leitor. O coronavírus chegou ao Brasil, e praticamente já atinge todo território nacional, deixando a população em pânico, e em meio à uma crise política, econômica e cultural, e com a inseminação do ódio entre as pessoas com pensamentos políticos diferentes, surge dos quatro cantos do país os chamados salvadores da pátria. Lideranças e políticos que são costumeiros em agir nos momentos de maiores dificuldades da população, principalmente as menos esclarecidas e favorecidas.
Infelizmente estamos vivenciando uma crise moral e ética por todo Brasil, talvez a maior de todos os tempos, onde as pessoas não respeitam e não se dão ao respeito. Isso vem acontecendo de cima para baixo, e de baixo para cima, contaminando todas as classes sociais.
Vejamos: próximo ao um acontecimento cívico muito importante para todos os brasileiros, as próximas eleições municipais, os aproveitadores da miséria alheia vem agindo a todo vapor, tentado influenciar induzindo a população ao voto cabresto, através de doações de cestas básicas e vários tipos de assistencialismos políticos, e muitos fazem isso pegando carona nos programas sociais dos governos federal estaduais e municipais.
Camaçari, uma das cidades mais rica do Brasil, tem uma arrecadação acima de 100 milhões de reais por mês, é também carinhosamente chamada de capital industrial do Nordeste. Contudo; isso tem levado as disputas eleitorais ficarem cada vez mais acirrada no município, quem tá fora quer entrar, e quem tá dentro não quer sair. E a população fica assistindo a cada eleição a troca de seis por meia dúzia, não por falta de opções, sim pela forma covarde que vem se dando o processo político no município há muitos anos, sempre direcionada por grande parte da mídia local, onde promove candidatos que lhes convém economicamente, excerto raras exceções.
E no meio a essa crise epidemiológica que deixou a população de Camaçari com alto déficit social ainda mais vulnerável economicamente, quem deveria dar o exemplo, faz totalmente ao contrário. A cada cesta básica doada, é motivo de comemoração do governo municipal, e seus seguidores, expondo a população menos esclarecidas em redes sociais, e em seus programas de publicidades nas rádios e Tvs, causando um grande constrangimento, a pessoa e seus familiares.
Por outro lado, grande parte da oposição, que também não é flor que se cheira, tem sofrido com o desgaste do seu líder político maior, o ex-prefeito e deputado federal Luis Caetano, que há algum tempo vem trocando os pés pelas mãos, e sofrendo seguidas derrotas jurídicas e políticas, que está tirando o sono dos seus seguidores. E com essa situação de quarentena, a oposição se encontra com suas atividades limitadas, sem poder se movimentar politicamente pela cidade, já que o Partido dos Trabalhadores vem perdendo muitos dos seus militantes articuladores da política interna e externa, que outrora fazia a diferença, nos embates politicos com os seus opositores.
Até mesmo as redes sociais petistas estão de quarentena, e assiste de camarote o seu principal líder político ser massacrado por seus opisitores, sem fazer nenhum revide.Mas nem só de PT e seus aliados vive a oposição, os eleitores de Camaçari terão no próximo pleito outros nomes que vêm apresentando idéias e novos projetos, diferentes do que já foram apresentados, e experimentados que não deram certo até agora.
Nomes como o de Sócrates Magno e Josué Marinho têm levado a população de Camaçari a um debate mais aprofundado, de como governar uma cidade com 300 mil habitantes, tão rica mas o seu povo cada vez mais pobre, e transformar em uma cidade mais humanizada, e reduzir as desigualdades sociais no município.
Comemorar a enorme quantidade de pessoas cadastradas nos programas sociais como bolsa família, e outros do governo federal e municipal, é como se tivesse comemorando um atestado de incompetência assinado por todas as gestões que passaram por Camaçari até o momento, além de expor a fragilidade na política de geração de empregos dessas gestões. Mas como em outras vezes, o povo terá mais uma chance de trocar o seis por meia dúzia, ou optar por uma renovação, tanto no Executivo como no Legislativo.
Paulo Silva polasilva@bol.com.br é professor, escritor, músico, cantor e diretor de teatro
Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade do autor |