Em 2018, a receita de Camaçari ultrapassou R$1,1 bilhão, 9% a mais que em 2017. A estimativa para 2019 supera R$1,3 bilhão. A previsão da arrecadação para este ano de recursos oriundos de impostos e taxas, como IPTU, ISS e ITIV, é de R$332 milhões.
O Imposto Sobre Serviço (ISS) cobrado em Camaçari está entre 2% e 5%. Essas alíquotas enfraquecem a atividade empresarial e o empreendedorismo. A terrível sanha arrecadatória da atual gestão tem obrigado diversas empresas a saírem do município em busca de melhores condições de atuação.
A economia do país atravessa um momento extremamente delicado e o desemprego já atinge mais de 13 milhões de brasileiros. Diariamente, uma multidão recorre ao Centro de Integração e Apoio ao Trabalhador (CIAT), sem sucesso.
Entretanto, a administração municipal não consegue enxergar o comércio e as microempresas como instrumentos para combater o desemprego, impulsionar a economia e desenvolver a cidade.
Já no terceiro ano de gestão, o diálogo com setores que fomentam a economia no município ainda é insuficiente. Falta "feeling" ao governo. É preciso reduzir taxas e impostos, criar incentivos para o pequeno e microempresário, sair da mesmice e inovar.
No entanto, a atual administração prefere ir na contramão do progresso e seguir a cartilha neoliberal de políticos que não conhecem a cidade e o povo dessa terra. Até parece que sentem prazer em punir os pequenos e privilegiar os grandes.
Caso o governo ainda não tenha percebido, o empreendedor camaçariense não quer nada de graça do poder público, exige apenas o que lhe é de direito, e se essa gestão não tem competência para fazer, não atrapalhe, que já ajuda.
Tagner Cerqueira tagner2002@yahoo.com.b é bacharel em direito, pós graduando em gestão pública, diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (Ceped).
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