Caro leitor. Camaçari passa por uma grande onda empresarial no ramo alimentício. Megas supermercados resolveram investir pesado no nosso município, instalações gigantescas e confortáveis oferecem aos clientes consumidores, uma tranquilidade maior na hora de efetuarem suas compras. Se instalaram por aqui três grandes redes de supermercados (Atacadão, Atacarejo e o Assaí) abrindo bastantes vagas de empregos, e o mais curioso é que ambos estão instalados a menos de 500 metros um do outro, todos oferecendo aos clientes uma excelente comodidade, e a saudável concorrência só tende a beneficiar aos clientes.
Mas nem todos estão contentes com a chegada desses megas supermercados. São os pequenos e médios comerciantes dos bairros, do centro comercial, da orla, e dos distritos de Camaçari que pagam impostos ao município, para manterem seus comércios abertos. Esses comerciantes já sentem na pele o efeito negativo que esses megas supermercados trouxeram para eles. A queda brusca nas vendas, e o movimento fraco de pessoas em seus pequenos comércios, já estão forçando os mesmos a demitirem parte de seus funcionários, e em pouco tempo, esse efeito poderá ser devastador, forçando os pequenos comerciantes fecharem as portas.
A logística, o fácil acesso, a diversidades de produtos, e preços mais em conta, e com o transporte coletivo rodando diariamente, deixando os passageiros na frente desses grandes supermercados, faz com que a maioria das pessoas se desloquem para lá.
Tudo leva a crer, que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) não fez nenhum estudo, para saber os impactos negativos e positivos que essas redes de supermercados causaria ao município, e aos pequenos comerciantes, antes de permitir as instalações das mesmas.
Será realmente que haveria necessidade de conceder a instalação de três megas supermercados próximo um do outro? A contrapartida em termos de empregos oferecidas por eles compensaria sacrificar os pequenos comerciantes que também geram milhares de empregos? Essa é uma pergunta que os gestores de Camaçari, precisam dar uma resposta convincente, aos comerciantes local, e a população de modo geral; gestão publica se faz com responsabilidade, sem disputa politica para saber quem fez menos ou mais, o gestor precisa ter uma visão periférica, olhando para todas as classes, antes da tomada de uma decisão que possa causar danos irreversíveis ao povo.
Paulo Silva polasilva@bol.com.br é professor, escritor, músico, cantor e diretor de teatro
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