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Kadja Grimaldi


8 de março, Camaçari nada tem a comemorar



A construção de uma sociedade justa e igualitária é obrigação dos governos que têm a
democracia como seu regime político. Governar para o povo em um regime democrático é
respeitar a soberania popular e a distribuição equitativa de poder.


Final do século XIX e início do século XX, no contexto das lutas sociais, politicas e econômicas
femininas, surge a ideia nos EUA e na Europa de criar o Dia da Mulher. A luta por melhores
condições de vida e trabalho e a conquista ao direito de votar ajudou no processo da
organização das mulheres, culminando na instituição em 1910 de uma celebração anual das
lutas pelos direitos das mulheres trabalhadoras. A partir de 1975, 8 de março foi adotado
como o Dia Internacional da Mulher.


Mais de 100 anos de lutas pela conquista de direitos iguais e pelo empoderamento feminino.
Entretanto, no Brasil, apesar das conquistas legais, a exemplo da Lei Maria da Penha, as
mulheres continuam em situação de vulnerabilidade, dependendo da sensibilidade e
reconhecimento de direitos por parte dos políticos que são eleitos para representar o povo
brasileiro.


O debate em Camaçari para sucessão em 2020 já começou. E está fervendo. As mulheres
certamente terão um papel fundamental. Conquistá-las e chamá-las para conversar, será um
grande desafio. Uma boa reflexão neste debate é reconhecer que o governo do prefeito
Elinaldo destruiu impiedosamente as conquistas das mulheres deste município, conseguidas
através de muita luta e organização.


Políticas públicas conquistadas à época do governo do ex-prefeito Luiz Carlos Caetano, a partir
de 2005, ganharam espaço. Foi um período em que as mulheres participaram de debates, que
traziam para reflexão a promoção da igualdade entre homens e mulheres e o combate ao
preconceito e discriminação herdados de uma sociedade patriarcal e excludente. Um
momento grandioso que se perdeu na picuinha política do atual prefeito de Camaçari, por
conta de um projeto voltado para atender aos forasteiros masculinos, indicados pelos seus
chefes políticos, de quem o prefeito por falta de autonomia segue orientação.


Aproveitando a mobilização em torno da temática do dia 8 DE MARÇO, DIA INTERNACIONAL
DAS MULHERES e, na qualidade de professora e, estudiosa das questões relativas às políticas
para mulheres, faço uma convocação às mulheres, de todas as cores, de todas as idades, de
todas as profissões e religiões. Vamos mudar Camaçari, vamos lutar por mais
representatividade feminina na política, vamos dar um basta à exclusão histórica das mulheres
na política, vamos nos apresentar como mulheres capazes e dispostas a enfrentar grandes
desafios: ELEGER NO MÍNIMO 50% DE MULHERES VEREADORAS PARA PRÓXIMA LEGISLATURA ,
AUMENTAR A PARTICIPAÇÃO NO PODER EXECUTIVO COM NO MÍNIMO 50% DE MULHERES OCUPANDO CARGOS DE PRIMEIRO ESCALÃO E ELEGER UMA MULHER, PREFEITA DE CAMAÇARI.
MULHERES NA LUTA, MULHERES NO PODER.


PELA VIDA DAS MULHERES, SOMOS TODAS MARIELES, ELIENES, ELIS, EVAS.


Kadja Grimaldi kadjagrimaldi@ig.com.br é professora, diplomada em História pela UFBA, pós-Graduada em Coordenação Pedagógica e História Social pela USP, foi coordenadora pedagógica da orla do município nos governos Luiz Caetano (2005 /2012). Atualmente é professora do Colégio Estadual Alaor Coutinho


Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade do autor


 
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