O consumo recorde de energia com equipamentos de refrigeração, por causa do calor, aumentou a produção de energia e acionou as termelétricas, que deve ter reflexo na conta de luz do consumidor. Estimativas da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) apontam que a fatura do mês de novembro será ao menos 5% mais cara do que a paga no mesmo período do ano passado.
Atualmente, o consumiudor não paga tarifa extra e segue com bandeira verde, determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Segundo o ONS, o Brasil deve alcançar uma carga de energia de 81,44 gigawatts (GW) em novembro. Esse seria o recorde histórico de demanda, impulsionado pelas altas temperaturas, que aumentam o uso de equipamentos de refrigeração. A carga de energia já bateu recordes na semana passada, alcançando pico de 101,47GW na última terça-feira (14). A projeção para o mês representa um crescimento de 13,3% em relação a novembro do ano passado, acima dos 11,0% previstos na semana anterior.
Mesmo com reservatórios em níveis considerados confortáveis e a aproximação do período chuvoso, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tomou uma série de medidas emergenciais para suprir a alta demanda. Acionou termelétricas a carvão, a gás e a diesel, além de importação de energia de países vizinhos, como Uruguai e Argentina.