Quase 2,5 mil chips vendidos em apenas seis dias de operação mostram a força da atriz e cantora Larissa Manoela, que lançou uma operadora virtual de telefonia celular. Com planos pré-pagos acessíveis e sem exigir fidelidade dos consumidores, a Lari Cel começou a atuar oficialmente na última sexta-feira (4). O maior diferencial da companhia será justamente a proximidade com a artista, que promete oferecer conteúdo exclusivo aos clientes, além de experiências como ingressos em locais privilegiados em shows, jantares e até viagens.
“Queremos oferecer pacotes personalizados e exclusivos, com um valor que caiba no bolso das pessoas”, disse Larissa Manoela em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo. Os clientes não terão contrato com a operadora, mas aqueles que fizerem recargas mensais terão benefícios exclusivos. “Estamos estudando trazer essa conexão virtual para o mundo real e, passada a pandemia, trazer os clientes para viagens para a minha casa na Disney, nos Estados Unidos, por exemplo.”
Atuando desde os 4 anos de idade como modelo, Larissa Manoela acumula dezenas de produtos licenciados com seu nome, como roupas, produtos de beleza e material escolar, mas é a primeira vez que entra no segmento de serviços. A operadora Lari Cel é uma parceria da artista com a Dry Company, uma operadora virtual da Surf Telecom, agregadora de operadoras virtuais que usa a infraestrutura da TIM em todo o território nacional para tráfego de voz e dados.
Com 38,5 milhões de seguidores no Instagram, Larissa Manoela é a primeira artista a representar uma operadora virtual, mas há negociações com outros já em andamento. A CEO da operadora, Tatiane Perez, diz que a atriz não foi escolhida à toa. “Ela é a porta-voz de uma geração hiperconectada, fala para crianças, adolescentes e pessoas de todas as idades, tem alcance nacional e uma visão ambiental e socialmente inclusiva”, afirmou.
A atriz é dona da operadora, mas ainda não fez aportes financeiros. O contrato entre as partes prevê etapas que envolvem investimentos e retornos a serem ajustados no futuro, diferentemente das parcerias com times de futebol, em que os clubes ganham uma espécie de royalty a título de comissão.
Os chips são vendidos pelo site oficial da operadora, mas nos próximos meses serão também distribuídos por lotéricas, agências dos Correios e bancas de revistas por todo o País. Para o futuro, Larissa Manoela não descarta a possibilidade de ter pontos de venda próprios da companhia, como outras empresas do setor de telecomunicações. “Ainda não está nos planos, mas, como a gente sonha alto, desejamos conseguir estruturar para talvez ter uma loja física”, disse a atriz.
A pandemia de covid-19 atrasou o lançamento da operadora, até por falta de chips no mercado. Não fosse por isso, segundo Larissa Manoela, a meta seria chegar aos 100 mil chips até o fim deste ano.
Por enquanto, são cinco planos de dados e voz pré-pagos com sinal 4G e valores entre R$ 25 e R$ 75, todos com WhatsApp ilimitado. Os clientes não precisam pagar pelo chip e, para alguns pacotes, há desconto de 50% no valor da recarga. O próximo passo serão os planos familiares. A intenção é que não apenas crianças e adolescentes usem o serviço, mas que os pais dos fãs também escolham migrar para a operadora.
Sobre o risco reputacional, já que as operadoras de telefonia costumam estar entre as líderes de reclamações de consumidores, Larissa Manoela disse que isso foi bem calculado. O pós-venda e o atendimento ao cliente serão realizados pela equipe própria da Dry. “Levantamos todas essas questões porque sabemos que não é só bônus, tem ônus também. Mas estamos preparados para isso e esperamos entregar o melhor desempenho”, afirmou.