O comércio varejista baiano fechou 2020 com saldo negativo de 4,14 mil unidades fechadas. De acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), esse é o pior saldo entre aberturas e fechamentos de loja com vínculos empregatíciosem desde 2016, quando foram contados 3,09 mil fechamentos.
Já a retração das vendas no mesmo período foi de 6,7% , o que representa um faturamento de R$ 102 bilhões de reais, o pior resultado em uma década. O levantamento da CNC também mostra que em todo o país foram 75,2 mil unidades fechadas. Número negativo só é menor que em 2016, quando foram registrados 105,3 mil fechamentos de empresas de varejo.
De forma semelhante, regionalmente, o atípico ano de 2020 implicou em saldos negativos em todas as unidades da Federação, destacando-se os fechamentos líquidos nos Estados de São Paulo (-20,30 mil), Minas Gerais (-9,55 mil) e Rio de Janeiro (-6,04 mil). Micro (-55,18 mil) e pequenos (-19,19 mil) estabelecimentos responderam por 98,8% da perda de pontos comerciais em todo o país.
Em 2020, o volume de vendas do comércio varejista brasileiro, medido através do conceito ampliado, quando inclui os segmentos automotivo e de materiais de construção, encolheu 8,7% em relação a 2015, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – o pior ano do setor desde o início dos levantamentos mensais no ano 2000.
A pesquisa da CNC mostra que o cenário para os próximos meses ainda se revela incerto quanto à magnitude da retomada do consumo presencial.