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Camaçarico 16 de janeiro 2021


É Ford Sem a montadora Ford, e seus reflexos positivos, a gestão municipal precisa redesenhar seu planejamento. O quê fazer para manter a cidade e seus serviços, conter a crescente violência, ordenar o sistema de transportes, preparar a saúde para novos usuários que perderam o plano de assistência médica. Mais do que nunca, Camaçari precisa de um olhar seguro e eficiente, não para o futuro de amanhã, mas o futuro de agora.


É Ford 2 Olhar para suas riquezas naturais e seu potencial econômico como o turismo e serviços são caminhos. Pronto desde o ano passado, mas não enviado para apreciação da Câmara de Vereadores, o projeto de incentivo a instalação das novas indústrias é um sinal desse novo tempo que precisa ser implantado imediatamente.


É Ford 3 Não ajuda nessa nova conjuntura a recente escolha de parte do secretariado, que mirou apenas o político em detrimento do técnico e da necessidade que a cidade exige. Mesmo cobrando mais eficiência e empenho dos seus auxiliares, o alcaide Antonio Elinaldo (Democratas) vai precisar mexer no time se quiser fazer a máquina andar. É só uma questão de tempo.


É Ford 4 Com o fim da era Ford, governo do estado e prefeitura de Camaçari buscam saídas para compensar as perdas com impostos e postos de trabalho. Uma fábrica de veículos chinesa aparece como opção para ocupar a estrutura da Ford. Mas, a conta, nem para instalar um armarinho, ou mercadinho, é simples. Os chineses sabem que produzir automóveis pequenos com motorização convencional, com a tendência mundial dos elétricos, e fora de casa, é outra história.


É Ford 5 Fonte ligada ao sindicato dos metalúrgicos ouvida pela Coluna acredita que a vinda dos chineses, ou até outro investidor, muda totalmente o quadro de vantagens trabalhistas. Benefícios conquistados pelos trabalhadores, ainda antes da nova e agora flexível legislação trabalhista, como PL (participação nos lucros) e cesta básica, devem ser excluídos nessa nova realidade. Se forem os chineses, acostumados com um regime de trabalho de ´exploração` do trabalhador, o quadro fica ainda mais difícil, prevê.


É Ford 6 O encerramento das atividades da Ford em Camaçari atinge de forma mortal o sindicato dos metalúrgicos do município. Com cerca de 90% do seu caixa de contribuições dependente dos trabalhadores da montadora, sindicato perde algo em torno de R$ 300 mil mensais com o fim dessas contribuições.


É Ford 7 Reflexo se estende aos sindicatos e empresas da região. Em Dias D´Avila, ao menos duas empresas que produziam componentes para as fornecedoras de auto-peças, conhecidas como sistemistas, devem encerrar suas atividades.


É Ford 8 O fechamento da montadora não atinge apenas a economia. Sem a Ford, a carreira sindical e, mais adiante o projeto de futuro político do dirigente Júlio Bonfim, presidente do outrora poderoso e rico sindicato, fica sem perspectiva a curto e médio prazos.


É Ford 9 Destacado quadro do PCdoB, Bonfim, que ganhou presença nas mesas de negociação com a montadora, em Camaçari, São Paulo, e até na matriz americana, se vê num túnel longo que não sabe quando termina e que qual paisagem vai descortinar.


É Ford 10 Assim como Bonfim, funcionário da sistemista Benteler, uma das empresas atingidas pelo fechamento da montadora, outros dirigentes sindicais também vão enfrentar a má vontade dos patrões na recontratação em novos postos de trabalho.


É Ford 11 A história da Ford e sua relação com Camaçari lembra o filme do cineasta americano Michael Moore.  “Roger e Eu” registra o auge e a decadência da cidade americana de Flint, após o fim da operação da fábrica da General Motors (GM), no fim dos anos 1980. Confira o documentário Roger e Eu”  


É Ford 12 Recomendado por esse editor, ainda no começo da primeira gestão do alcaide Antonio Elinaldo, produção de 90 minutos foi e continua um programa obrigatório. “Roger e Eu” agora vira crucial para entender parte desse movimento cíclico das montadoras, em especial para quem planeja e governa de olho no passado, no presente, e no futuro.


É Ford 13 Nesse contexto, também vale conferir o documentário “Fordlândia”, de Marinho Andrade e Daniel Augusto. Produzido em 2008, filme com cerca 50 minutos, mostra a história de uma cidade pré-fabricada às margens do Rio Tapajós, na Amazônia. Sonho de Henry Ford, fundador da companhia, na época a maior fabricantes de  automóveis do planeta, era fornecer borracha para pneus e outras peças para as fábricas da Ford Motor Company. Confira o documentário “Fordlândia”


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João Leite Filho joaoleite01@gmail.com (Editor)


16/1/2021

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