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Capital, produção e trabalho


Adelmo Borges

Durante décadas o debate sobre as questões da produção, do trabalho e dos capitalistas investidores tem sido pauta evidente. Comenta-se sobre os altos lucros, os baixos salários, as excessivas horas trabalhadas, a falta de assistência e formação dos que produzem. Esses temas tem sido a capa das divergências entre esquerda e direita. 


Os capitalistas alegam que o risco dos investimentos, principalmente os de longo prazo, justificam as margens de lucro almejada e os trabalhadores descrevem que esse lucro conta com a participação da força de trabalho por tanto se fazem merecedor de uma faia digna desse esforço. Muito ainda vai se debater esse assunto, principalmente com a automatização como meio de produção e a globalização do capital através das multinacionais.


Em quase todos os países do mundo é notório o esforço governamental para atrair grandes conglomerados industriais, dentre eles as montadoras de veículos – leves e pesados - e produtoras de máquinas agrícolas, e no Brasil, na Bahia e em Camaçari não é diferente.  Essas plantas industriais promovem a abertura de empregos diretos, em sua linha de produção, assim como fomenta o surgimento de fornecedores de complementos essenciais para os veículos, a exemplo de molas, tintas, amortecedores, borrachas de vedação e sustentação, faróis e lâmpadas em geral, estufamentos, além de contribuir com grandes quantias de impostos – ICMs, IPVA – e exigir durante o uso dos mesmos o consumo de combustível e peças de manutenção.


Pessoas que se dedicam ao estudo do assunto afirmam que a relação dos governos e os empreendimentos carecem de um equilíbrio entre as oferendas para atrair tais investimentos e o retorno social e econômico que seja advindo. O investidor estima suas margens de lucro e os governantes as oportunidades de trabalho geradas como estimulo a arrecadação de impostos e taxas e da economia. Essa relação se torna complicada quando existe a intermediação de políticos e empresários influentes que estabelecem participação na viabilização do negocio e essa margem subterrânea da propina se consolidam no preço final do produto.


Não há incoerência no estabelecimento de incentivos fiscais desde que haja um equilíbrio entre o investimento, os lucros e os postos de trabalho promovidos. Essa equação deve está submetida aos ganhos sociais e o desenvolvimento da economia dos estados, do país, do município.


Esperar que o investidor esteja disposto a sacrifícios para manter seus negócios é ingenuidade.  principio do investidor é o lucro os demais frutos são consequências para a sua obtenção.


Não há almoço ou jantar  free. Essa é a regra do jogo no capitalismo.


Adelmo Borges   Adelmobs@terra.com.br

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