Busca:

  Notícia
 
Nós ganhamos


Adelmo Borges

Os resultados eleitorais de 2020, no Brasil, deixam um recado crítico e objetivo a ser observado. A hegemonia partidária e/ou o endeusamento pessoal é prejudicial ao processo democrático e ao desenvolvimento socioeconômico do país. A polarização estabelecida durante e após o pleito de 2016, concluindo com a eleição de Jair Bolsonaro dividiu o pais e estabeleceu um conflito social entre as classes que tenderia a um desajuste institucional e possivelmente a quebra dos pilares do estado de direito, além de comprometer a imagem e a credibilidade dos poderes militares.


Assim, a população entendeu que a divisão dos poderes entre as agremiações partidária provocaria uma necessidade de maior esforço político para negociar as ações de iniciativa dos poderes executivos, legislativo e judiciário no âmbito federal, estadual e municipal, mais ainda, retornando aos poderes constituídos o exercício constitucional dos seus objetivos. Os poderes, na prática, estavam se superpondo. O judiciário passara a estabelecer normas e procedimentos governamentais e legislativos; o legislativo passara a judicializar qualquer tema que estabelecesse confronto com os interesses partidários e o executivo passara a ser crítico e a emitir desqualificação às decisões judicial e legislativas.


Felizmente, a inquestionável sabedoria popular buscou nos pilares democráticos (todos os poderes demandam do povo) e através do voto, secreto e pessoal tenta colocar o trem nos trilhos em relação aos deveres e obrigações dos poderes constituídos.


A partir de 2021, o PSDB passa a influenciar 17% do eleitorado brasileiro, quando antes detinha 24%. Elegeram 533 prefeitos quando anteriormente detinha 805. O PMDB elegeu 803 prefeitos quando em 2016 tinha 1.048 passando a exercer influencia em 13%, quando anteriormente detinha 16%. quando já teve 19%.


Os partidos de centro-direita (DEM, PSD e PP) passam a governar 32%, antes detinham 17%. O DEM passa a governar 476 municípios, em 2016 elegeu apenas 277. PP e PSD ganharam em Belo Horizonte, Campo Grande, João Pessoa e Rio Branco.


Finalista do segundo turno em São Paulo, o PSOL elegeu apenas cinco prefeitos neste ano, entre eles o de Belém. No total, o partido vai governar 0,7% dos eleitores brasileiros. O PSL ficou com uma fatia de 1,3%, saiu vitorioso em 92 cidades.


A consolidada democracia brasileira, através do voto popular deixa claro que não há espaço para coronelismo na política. Salve a democracia. Viva a sabedoria e autonomia popular.Que DEUS e os orixás ilumine os novos dirigentes eleitos.


Adelmo Borges adelmobs@terra.com.br


Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade do autor

Mais Notícias

Arrecadação de impostos e contribuições federal crescem 8,36% entre janeiro e março
Terra Livre critica governo e cobra ações em defesa dos indígenas
Brasil registrou 3,4 milhões de violações de direitos em 2023
Camaçariense é medalha de ouro na Maratona de João Pessoa
Colunistas Diego Copque
Brasil recebeu mais de 2,5 milhões de turistas entre janeiro e março
PL, PT, PCdoB e PV entram com recurso no TSE contra Moro
Ministro defende conciliação sobre demarcação de terras indígenas
Coluna Camaçarico 22 de abril 2024
Lula tem avaliação negativa em saúde, segurança e emprego


inicio   |   quem somos   |   gente   |   cordel   |   política e políticos   |   entrevista   |   eventos & agenda cultural   |   colunistas   |   fale conosco

©2024 Todos Direitos Reservados - Camaçari Agora - Desenvolvimento: EL