As farmácias registraram um crescimento de 7,74% nas vendas do primeiro semestre de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado. As lojas do setor movimentaram R$ 27,4 bilhões entre janeiro e junho, contra os R$ 25,4 bilhões de 2019. Os dados são da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), responsável por 45% das vendas de medicamentos no varejo do País.
Apesar de o desemprego ter subido para 13,3% no 2º trimestre, segundo o IBGE, o setor farmacêutico ainda emprega 0,68% a mais que ano passado. Atualmente, são 130.317 funcionários, cuja maioria é formada por farmacêuticos, contra os 129.432 empregados no setor no mesmo período do ano passado.
Os MIPs e OTCs, que são, respectivamente, medicamentos isentos de prescrição e remédios disponíveis nos balcões foram os que mais puxaram o resultado do semestre para cima, com um faturamento 20,79% maior que no mesmo período do ano passado.
Em segundo lugar, estão as vendas de medicamentos gerais, que cresceram pouco mais de 9%. E a venda de genéricos cresceu 8%. Já os itens de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos registraram uma evolução de 4,91%.
Em termos de aceleração, porém, as varejistas farmacêuticas praticamente voltaram ao ritmo de 2018. Se no ano passado, o setor apresentou uma variação positiva de 9,7% em relação a 2018, esse mesmo setor apresentou uma variação de 7,54% na comparação entre 2017 e 2018.
A Abrafarma acredita que a desaceleração se deu porque muitas das farmácias estão em áreas afetadas pelas políticas de isolamento social, como áreas com concentração de escritórios e shoppings. “Perderam vendas para farmácias de periferia das cidades”, disse por nota o CEO, Sergio Mena Barreto. Estadão