Com as projeções de retração da economia brasileira, que pode chegar a 7%, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projeta vendas de 1,67, milhão de veículos neste ano, queda de 40% em relação ao ano anterior. Conformados esse número, país deixa de vender cerca de 1,3 milhão de veiculos em 2020. Em janeiro, a expectativa da Anfavea era de crescimento de 9,4% nas vendas deste ano, para 3 milhões de unidades. “Vamos vender quase 1,4 milhão de veículos a menos do que planejamos e voltaremos ao ano de 2004”, afirma Moraes. Para produção e exportações ainda não foi possível fazer estimativas.
Ainda afetada pela pandemia do novo coronavírus, a produção de veículos no Brasil caiu 84,4% em maio ante igual mês de 2019. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) foram produzidas 43,1 mil unidades, o menor volume para o quinto mês do ano desde 1985. O balanço que considera os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, indica que o setor saiu do fundo do poço. No acumulado do ano, a produção atingiu 630,8 mil unidades, queda de 49,2% em relação a igual período do ano passado.
Em abril, mês em que praticamente todas as fábricas estavam paradas, em razão das medidas de isolamento social para conter a pandemia do Covid-19, a indústria produziu 1,8 mil unidades, menor nível desde 1957. O volume produzido em maio, mesmo abaixo da média do setor, representa aumento de 2.232,4 % na comparação com abril.
A situação melhorou porque a maioria das fábricas já voltou a produzir. Segundo o presidente da Anfavea, praticamente todas as marcas de caminhões já retomaram a produção, "mas em ritmo muito lento". Entre as fábricas de automóveis, sete retornaram aos trabalhos em meados de maio. As demais 8 têm previsão de retorno ao longo de junho. Estadão