A rejeição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cresceu ao longo do mês passado. Segundo pesquisa do Datafolha feita na segunda (25) e na terça (26), 43% dos brasileiros consideram o governo ruim ou péssimo. Recorde na gestão, esse número era de 38% no levantamento anterior, de 27 de abril. A aprovação de Bolsonaro segue estável, os mesmos 33% nas duas aferições. Já aqueles que acham o governo regular, potenciais eleitores-pêndulo numa disputa polarizada, caíram de 26% para 22%.
Na pesquisa que ouviu, por telefone, 2.069 adultos, a estratificação mostra também que os mais instruídos são os que mais rejeitam, no cômputo geral, o presidente. Entre os que têm curso superior, 56% desaprovam Bolsonaro, ante 36% daqueles que têm o ensino fundamental.
Bolsonaro tem o pior índice de aprovação de presidentes eleitos desde 1989 a esta altura de um primeiro mandato. Entre aqueles sofreram impeachment desde então, Fernando Collor (então PRN) tinha 41% de rejeição um pouco mais a à frente, com um ano e seis meses na cadeira. Já Dilma Rousseff (PT) gozava de aprovação estratosférica (65%) e apenas 5% de ruim/péssimo em março de 2012. Acabou reeleita em 2014, e impedida dois anos depois.