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Saúde estima gasto extra de R$ 410 bilhões com o coronavírus

O Sistema Único de Saúde (SUS) pode consumir R$ 410 bilhões a mais dos cofres públicos  para atender a população infectada pelo novo coronavírus. A projeção está registrada em documento, obtido pelo jornal O  Estado de São Paulo, enviado na terça-feira pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a Paulo Guedes, da Economia.


Para chegar à cifra de R$ 410 bilhões, a equipe da Saúde projeta, por exemplo, o custo de R$ 9,31 bilhões para internações, caso 10% da população seja contaminada. O valor é “conservador”, segundo o mesmo documento, “sendo necessário, assim, um aporte maior de recursos emergenciais”. O orçamento do Ministério da Saúde previsto para todas as ações da pasta neste ano é de cerca de R$ 125,5 bilhões. O documento enviado a Guedes afirma que, “como na maioria dos países”, os números de infectados no Brasil têm crescido de forma exponencial. “E há indícios de que estejam subestimados.”


A Saúde ainda alerta que a prevenção de uma epidemia se torna mais desafiadora e cara quando há falhas na prevenção de surtos. “A mitigação da epidemia continua sendo a única opção política. Atrasos na detecção e controle são, em última análise, muito caros, porque os custos de contágio e mitigação crescem exponencialmente.”


Depois de Mandetta afirmar que o SUS poderia entrar em “colapso” em abril pela covid-19, o presidente Jair Bolsonaro tem reforçado discursos em que minimiza os riscos. Mesmo integrando grupo de risco, por ter mais de 60 anos, Bolsonaro já afirmou que não teria problemas com a doença pelo seu “histórico de atleta” e disse que “depois da facada, não vai ser uma gripezinha” que o derrubaria.


Apesar de usar termos mais leves, Mandetta tem modulado seu discurso ao do chefe. “Antes de adotar o ‘fecha tudo’, existe a possibilidade de fazer redução de mobilidade urbana, existe uma série de medidas que vai se tomando até que se tenha um patamar”, disse o ministro nesta quarta-feira. Mais cedo, em reunião de Bolsonaro com governadores, Mandetta já havia pedido “tranquilidade” e “calma” durante a crise.


Os dados sobre o impacto orçamentário da crise pela covid-19 foram expostos como parte de justificativa para elaborar um projeto com financiamento de US$ 100 milhões (R$ 503 milhões, considerando a atual taxa de câmbio) do Banco Mundial para compra de testes de diagnóstico, custeio de serviços “pré-clínicos” e contratação de equipes de saúde para atuarem emergencialmente. Mandetta afirma a Guedes que o apoio do Banco Mundial permitirá dar “maior celeridade” nos processos de compras e contratações para combater a covid-19. “Ressalto a necessidade de urgência de apreciação do pleito”, escreveu. Uma das ideias do governo é usar a parceria com o banco para adotar no País serviço de telemedicina para atendimentos de triagem de pacientes com sintomas. Para isso, seriam investidos US$ 10 milhões (R$ 50,3 milhões).


A Saúde também considera “urgente” a busca por profissionais da área. A ideia é usar US$ 62,4 milhões (R$ 313,8 milhões) para contratar emergencialmente, especialmente para atuar durante três meses em centros de terapia intensiva (CTIs). A pasta quer ainda recursos do banco para compra de milhares de testes de diagnóstico. O governo anunciou na terça-feira que pretende ter mais de 22 milhões de dispositivos para exames. O projeto prevê a compra de testes para 1,53 milhões de pessoas sintomáticas, no valor de US$ 27,6 milhões. Estadão

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