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Vale fecha ano do acidente de Brumadinho com prejuízo

A mineradora brasileira Vale  registrou em 2019 um prejuízo de cerca de R$ 7 bilhões (US$ 1,68 bilhão) em 2019.  Como parte da sua produção ficou paralisada coma tragédia com sua barragem em Brumadinho, Minas Gerais, que deixou 270 mortos, a companhia  perdeu o posto de maior produtora de minério de ferro para a rival Rio Tinto após ver sua produção encolher em 21,5% em 2019. No ano de 2018 a companhia lucrou  cerca de R$ 30 bilhões (US$ 6,86 bilhões).


 No quarto trimestre do ano passado, o prejuízo da mineradora foi de US$ 1,56 bilhão, ante lucro de US$ 3,79 bilhões em igual período de 2018. Apesar de os efeitos de Brumadinho no balanço da mineradora já serem esperados, o resultado veio abaixo das projeções. 


A mineradora afirmou que o balanço anual negativo se deveu principalmente a despesas relativas à ruptura da barragem de Brumadinho, além de baixas com ativos de metais básicos e carvão. Os gastos incluíram o fechamento de barragens e acordos de reparação às centenas de vítimas, que resultaram em custos de US$ 7,4 bilhões. 


A tragédia ambiental, que ocorreu apesar de a companhia ter afirmado anteriormente que considerava a barragem de Brumadinho segura, resultou na saída de vários executivos da empresa, inclusive o presidente Fabio Schvartsman, que foi substituído por Eduardo Bartolomeo.


A Justiça de Minas Gerais acatou, na última sexta-feira, a denúncia do Ministério Público contra 11 executivos da Vale, inclusive Schvartsman, e cinco funcionários da empresa de consultoria Tüv Süd por homicídio doloso duplamente qualificado e crimes ambientais causados pelo rompimento da barragem da companhia em Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019.


Passado um ano da tragédia, a Vale ainda tem o desafio de recuperar sua produção. Após Brumadinho, a Vale teve uma série de operações paralisadas por ordens da Justiça ou da Agência Nacional de Mineração (ANM). Na semana passada, a companhia reforçou a estimativa de produção entre 340 milhões de toneladas e 355 milhões de toneladas para 2020.


Para retomar cerca de 40 milhões de toneladas – 15 milhões em 2020 e 25 milhões em 2021 – de produção de minério nas operações de Timbopeba, Fábrica e Complexo Vargem Grande, a Vale precisa do aval das autoridades. A expectativa é receber o sinal verde para Timbopeba ainda no primeiro trimestre.


O balanço da Vale foi afetado também por baixas contábeis de US$ 4,2 bilhões referentes à produção de carvão e às operações de níquel na Nova Caledônia. O montante é bem superior à perda de US$ 1 bilhão originalmente projetada pela empresa. 


Com 55.000 funcionários no Brasil, a Vale é uma das maiores multinacionais do país. Os investigadores acusam parte da cúpula da Vale de saber, pelo menos dois anos antes de a barragem ceder, que esta havia atingido um nível crítico; afirmam os promotores que os diretores também tinham informações detalhadas sobre o estado desses depósitos usados para armazenar resíduos de mineração. A empresa “escondia de forma sistemática essas informações do poder público, da sociedade, inclusive dos investidores e acionistas da empresa”, segundo a denúncia do Ministério Público. Estadão

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