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Com PM em greve Força Nacional chega ao Ceará


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, autorizou o envio da Força Nacional de Segurança Pública ao Ceará. Sérgio Moro atendeu ao pedido de reforço na segurança feito pelo governador do estado, Camilo Santana (PT), que enfrenta um motim de parte da Polícia Militar.


Desde a noite de terça-feira (18), PMs cearenses protestam contra a proposta de reestruturação salarial feita pelo governo. Na quarta-feira (19), o senador Cid Gomes (PDT) foi baleado após tentar  Moro determinou "à Polícia Federal, à PRF (Polícia Rodoviária Federal) e à Força Nacional de Segurança Pública que adotem as medidas possíveis com vistas a prestar o apoio necessário".


Esta é a segunda vez que o ministro desloca agentes federais para o Ceará. Em janeiro de 2019, durante ações de facções criminosas por todo o estado, o ministério enviou homens da Força Nacional para auxiliar no policiamento. ​


Em 2017, os ministros do Supremo Tribunal Federal confirmaram a proibição das paralisações de servidores que atuam na segurança pública. A regra serve para agentes das polícias Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal, Ferroviária Federal e do Corpo de Bombeiros, além de funcionários das áreas administrativas.


No fim da tarde desta quarta, o senador Cid Gomes foi baleado em Sobral (a 270 km de Fortaleza), ao avançar com uma retroescavadeira contra o portão de um quartel tomado por policiais militares que fazem motim.


O Hospital do Coração da cidade, onde o senador foi internado, disse que Cid foi vítima de ferimento por arma de fogo em região torácica. Afirmou ainda que ele apresentava boa evolução clínica, estando "lúcido e respirando sem auxílio de aparelhos".


Cid Gomes, que tem 56 anos e está licenciado do Senado desde dezembro para atuar nas eleições municipais no Ceará, dirigia a retroescavadeira e tentou investir contra o portão do batalhão tomado por PMs. O trator foi alvejado e teve os vidros estilhaçados.


Até esta quarta, três policiais foram presos e 261 eram investigados por participarem do motim no Ceará, que foi proibido na segunda (17) pela Justiça.


Em meio aos atos, dois batalhões foram atacados por homens encapuzados, que roubaram dez viaturas em uma das unidades e esvaziaram pneus dos carros em outra.


Na segunda-feira, a Justiça havia determinado, a pedido do Ministério Público do Ceará, que agentes de segurança poderiam sofrer sanções e até serem presos por promoverem movimentos grevistas ou manifestações no estado. 


Em um dos ataques, no batalhão no bairro do Papicu, em Fortaleza, cerca de dez viaturas foram levadas. Em outro, na Barra do Ceará, também na capital, os carros tiveram os pneus esvaziados.


O governo vai investigar as ações, mas o secretário da Segurança, André Costa, disse nesta quarta que pode haver policiais e esposas de policiais envolvidos nas ações.


Os protestos já chegam a ao menos a sete cidades do interior do Ceará. Em Sobral, homens encapuzados, com o corpo para fora das janelas de viaturas da Polícia Militar, circularam p​elo centro da cidade ordenando que comerciantes fechassem as portas.


Desde o início de 2020, o governo de Camilo Santana e associações dos policiais e bombeiros militares negociam uma reestruturação salarial. Nesta terça-feira a proposta final foi enviada para a Assembleia Legislativa, que vai discutir o projeto e votar, mas parte da categoria não ficou satisfeita com o que foi definido.


A proposta de reestruturação salarial enviada prevê aumento de cerca de R$ 3.400 para cerca R$ 4.500 no salário dos soldados. O pagamento será feito em três parcelas (em março de cada ano) até 2022. Inicialmente o oferecido havia sido aumento para R$ 4.200, em quatro parcelas, mas foi revisto após as associações que representam a classe terem rejeitado a oferta. O governador disse que a proposta já está no limite do que o estado pode oferecer. Folha de São Paulo

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