A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus 13 sindicatos filiados decidiram suspender temporariamente a greve iniciada no dia 1º de fevereiro. Assim, vão poder participar da mediação com a Petrobrás proposta pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra, marcada para a manhã desta sexta-feira (21).
Na noite de terça, Gandra liberou despacho propondo o encontro da direção da Petrobrás com a FUP, para retomarem as negociações, mas condicionou o encontro ao fim da paralisação, que completou 19 dias, a maior desde 1995.
"Se não tivermos avanços nessa mediação, nós retomaremos essa greve histórica da categoria em defesa dos nosso direitos, dos nossos empregos, e da Petrobrás que tanto amamos", afirmou Deyvid Bacelar, diretor da FUP, em vídeo distribuído nas redes sociais da entidade sindical.
A greve dos petroleiros foi motivada, principalmente, pela demissão de 396 empregados diretos e 600 indiretos da Araucária Nitrogenados (Ansa), no Paraná. No dia 14 de janeiro, a Petrobrás anunciou o fechamento da fábrica de fertilizantes e o desligamento dos funcionários, que começaram a acontecer após um mês do comunicado.
No início deste mês, a FUP convocou os petroleiros a cruzar os braços em protesto às demissões e conseguiu a adesão de cerca de 21 mil trabalhadores da Petrobrás em 13 Estados. Segundo a entidade, ao deixar cerca de 1 mil pessoas desempregadas, a estatal descumpriu acordo coletivo que exige uma negociação prévia com as lideranças sindicais. A empresa responde que teve essa conversa com o sindicato local, representante dos funcionários da Ansa, o Sindiquímica-PR. Estadão