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Bolsonaro critica Rui Costa por morte de chefe de milícia


O presidente Jair Bolsonaro negou ter ligação com milícias e responsabilizou a “PM da Bahia, do PT” pela morte de Adriano Magalhães da Nóbrega, o ex-capitão Adriano, que era procurado sob acusação de chefiar no Rio a milícia Escritório do Crime. O mandatário afirmou  que conheceu o miliciano em 2005, nunca mais teve contato com ele e citou a imprensa para afirmar que a morte do ex-PM foi “queima de arquivo”. O ex-policial foi morto pela Polícia Militar baiana, em cerco em Esplanada (BA), no domingo, 9. Fora localizado após fugir, por mais de um ano, da Polícia fluminense.


“Eu não conheço a milícia do Rio de Janeiro, não existe nenhuma ligação minha com a milícia do Rio de Janeiro, não existe nenhuma ligação minha com milícia no Rio de Janeiro, zero, zero”, disse o presidente, quando lhe disseram que Adriano era acusado de chefiar um grupo miliciano na zona oeste do Rio. Pouco antes, dissera desconhecer a vida pregressa do ex-policial. “Naquele ano (2005, quando o então policial estava preso e era processado por matar um civil), ele é um herói da Polícia Militar.”  Afirmou, porém, que “as pessoas mudam, para o bem ou para o mal mudam.”


“Quem foi responsável pela morte do capitão Adriano foi a PM da Bahia do PT. Precisa dizer mais alguma coisa?”, afirmou o presidente, após inaugurar nova alça de acesso entre a Linha Vermelha e a Ponte Rio Niterói. “Não tem nenhuma sentença julgada condenando o capitão Adriano por nada, sem querer defender.”


Em 2005, Adriano estava na prisão quando foi agraciado com a Medalha Tiradentes, mais alta condecoração da Assembleia Legislativa, a pedido de Flavio. “Eu pedi pra ele (Flávio) condecorar, ele (Adriano) é um herói”, disse o presidente. Bolsonaro afirmou que o filho condecorou centenas de policiais e o chamou para falar do episódio.


"Isso tem 15 anos", disse Flavio. O senador lembrou que fez questão de pedir para não cremarem o corpo de Adriano (manifestou-se pelo Twitter, quando a Justiça já tinha proibido a cremação, a pedido do Ministério Público) já que "pelo que  soube e como mostrou a revista Veja, ele foi torturado.” “Para falar o quê? Com certeza não é pra falar sobre nós, porque não tem o que falar contra nós, não temos envolvimento nenhum com milícia", disse Flavio, demonstrando exaltação.


A ex-mulher de Adriano, Danielle Mendonça, e a mãe dele, Raimunda Veras Magalhães, foram assessoras de Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente, no Legislativo fluminense. As duas estão entre os investigados pelo Ministério Público no suposto esquema de “rachadinha” (devolução de salários ao parlamentar) que teria funcionado no gabinete do então deputado estadual. O MP investiga os crimes de peculato (apropriação de recursos públicos por servidor), lavagem de dinheiro e organização criminosa.


O governador da Bahia, Rui Costa, respondeu a afirmação pelo Twitter. Disse que o governo baiano "não mantém laços de amizade nem presta homenagens a bandidos nem procurados pela Justiça". Afirmou que "a Bahia luta contra e não vai tolerar nunca milícias nem bandidagem" e terminou por dizer que agentes da lei têm direto de defender suas vidas quando colocadas em risco, "mesmo que os marginais tenham laços de amizade com a Presidência". O Governo do Estado da Bahia não mantém laços de amizade nem presta homenagens a bandidos nem procurados pela Justiça. A Bahia luta contra e não vai tolerar nunca milícias nem bandidagem. Na Bahia, trabalhamos duro para prevalecer a Lei e o Estado de Direito.


Procurada para comentar as declarações, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia afirmou que a polícia agiu dentro da legalidade. "A necropsia mostrou que não houve nenhum tipo de tortura e que no confronto Adriano foi atingido por dois disparos", disse a pasta. Na noite de sábado (15), após as manifestações do governador da Bahia, Rui Costa, sobre as falas do presidente Bolsonaro, o Palácio do Planalto divulgou o seguinte comunicado:


Íntegra da Nota


O atual governador da Bahia, Rui Costa, não só mantém fortíssimos laços de amizade com bandidos condenados em segunda instância, como também lhes presta homenagens, fato constatado pela sua visita ao presidiário Luís Inácio Lula da Silva, em Curitiba, em 27 junho de 2019.


Este Presidente, ao inaugurar o aeroporto de Vitória da Conquista, em 23 de julho de 2019, teve negada, por parte do governador, a presença da Polícia Militar da Bahia, para prestar apoio nas medidas de segurança para a população. 


A atuação da PMBA, sob tutela do governador do Estado, não procurou preservar a vida de um foragido, e sim sua provável execução sumária, como apontam peritos consultados pela revista Veja. É um caso semelhante à queima de arquivo do ex-prefeito Celso Daniel, onde seu partido, o PT, nunca se preocupou em elucidá-lo, muito pelo contrário. 


O então tenente Adriano foi condecorado em 2005. Até a data de sua execução, 09 de fevereiro de 2020, nenhuma sentença condenatória transitou em julgado em desfavor do mesmo. 


É irônico o governador petista falar de más companhias quando, nos últimos anos, os principais dirigentes nacionais do PT foram condenados e presos na Operação Lava Jato.


Os brasileiros honestos querem os nomes dos mandantes das mortes do prefeito Celso Daniel, da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, do ex-capitão Adriano da Nóbrega, bem como os nomes dos mandantes da tentativa de homicídio a Jair Bolsonaro.


Jair Messias Bolsonaro


Presidente da República Federativa 


 do Brasil

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