Busca:

  Notícia
 
Brumadinho completa 1 ano sem punição para as 270 mortes


Exatos um ano depois da tragpedia de  Brumadinho, onde foram registradas 270  vítimas, sendo 259 já encontradas e 11 corpos ainda  por resgatar, vida na cidade mineira depois daquele 25 de janeiro de 2019parece longe de  um final. Há 365 dias, esses familiares e amigos das vítimas revivem diariamente essa data e se unem na dor pela perda inesperada e cruel de mães, pais, filhos, irmãos e companheiros.


Há 12 meses, essas famílias também se unem na busca por justiça. Nesta semana, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou o ex-presidente da Vale Fabio Schvartsman e mais 15 pessoas pelo crime de homicídio doloso, aquele em que há a intenção de matar. Eles também vão responder por crime ambiental, assim como a mineradora e a Tüv Süd.


“Não é possível que esse tanto de morte vai ficar em vão, e a nossa luta justamente é para não ficar”, diz Josiana Resende, que perdeu a irmã Juliana Resende e o cunhado Dennis Silva no desastre. O casal deixou dois filhos gêmeos, na época, com dez meses. Passado um ano, Josiana e sua família ainda aguardam a localização e identificação do corpo da analista administrativo, que trabalhou por cerca de dez anos na Vale.


Em 12 meses, ninguém foi responsabilizado pela morte precoce de Juliana, do marido dela e das outras vítimas do desastre. Também não há ninguém preso. “Um ano e não tem ninguém na cadeia, isso dói também na gente”, desabafa Natália de Oliveira, irmã de Lecilda de Oliveira. Na lista dos 11 desaparecidos, o nome dela aparece logo abaixo do de Juliana.


Se, por um lado, não há detidos entre eventuais responsáveis pela tragédia, por outro, parentes das 270 vítimas se sentem até hoje encarcerados no dia do desastre. “A gente está preso no dia 25, não tem como sair”, diz Alexandra Andrade, que perdeu o irmão Sandro Andrade. Aos 42 anos, o operador de equipamento deixou três filhos. Ele foi identificado na primeira semana após a tragédia, quando também foi feito o reconhecimento primo dele, Marlon Rodrigues Gonçalves.


Para Alexandra, a espera pela localização dos corpos foi o pior momento deste último ano. “A pior dor é essa. Porque a gente não sabe se está vivo, como que está, se está sofrendo ou não. Depois começa a pensar que está morto. Então, a esperança vai diminuindo. Aí, com o passar dos dias, começa a pensar que não vai encontrar, o medo de não encontrar. Isso é uma semana, imagina quem já está há um ano”, diz.


Para ter forças superar essa espera pela localização de Lecilda, Natália começa os dias ouvindo áudios gravados pela irmã. Em um deles, registrado um mês antes de a barragem da mina do Córrego do Feijão vir abaixo, a funcionária da Vale consolava uma amiga pela perda da mãe.


Já Alexandra clama por justiça como forma de amenizar a dor das famílias. “Para que não seja impune e para que não aconteça mais. Porque [a tragédia de] Mariana, três anos antes, aconteceu. Dezenove mortos. Nenhum preso. E agora Brumadinho. Já tem um ano e, ainda, a gente espera que a justiça seja feita”, desabafa. G1 

Mais Notícias

Colunistas José Carlos Teixeira
Bahia é o 5º estado com mais residências atendidas por sistema de captação de energia pelo sol
STF reage a publicação nos EUA de decisões do ministro Moraes
Geração Z troca pesquisa no Google pelo TikTok
Espécie de dinossauro encontrado na Bahia é batizado de Tieta
Colunistas Adelmo Borges
Paratletas de Camaçari participam do 33º brasileiro de equitação
Isenção de Imposto de Renda fica em dois salários mínimos
Brasil sobe para 8ª posição no ranking das maiores economias do mundo
Parlamento americano divulga documentos e acusa Moraes


inicio   |   quem somos   |   gente   |   cordel   |   política e políticos   |   entrevista   |   eventos & agenda cultural   |   colunistas   |   fale conosco

©2024 Todos Direitos Reservados - Camaçari Agora - Desenvolvimento: EL