O Ministério de Educação informou que foram encontradas "inconsistências na contabilização e correção da segunda prova do Enem do ano passado", referindo-se ao Exame Nacional do Ensino Médio, de 2019. Segundo ministro da Educação, Abraham Weintraub, o erro atingiu "alguma coisa como 0,1%" dos candidatos que prestaram o exame, o equivalente a 39 mil candidatos. "Apesar de estatisticamente [os participantes afetados] não serem significativos, individualmente não pode haver injustiça como essa. A gente está corrigindo e até segunda-feira será resolvido", afirmou o ministro.
Já Alexandre Lopes, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova, afirma que a falha foi menor e "não vai chegar nem a 9 mil pessoas”. O Inep criou um email para os candidatos que se sentirem prejudicados enviarem suas dúvidas, diz Lopes. O endereço é enem2019@inep.gov.br.
O presidente do Inep admitiu que a falha foi da gráfica. As provas do Enem são divididas por cores e a correção do gabarito é feita conforme essa classificação. Segundo Lopes, o erro ocorreu na associação do arquivo do aluno e a cor da prova. "Alguns arquivos vieram com erro na associação entre o aluno e a cor da prova. Aluno fez prova cinza e veio informação de que fez a prova amarela. Ao rodar a correção, saiu resultado diferente", afirmou.
De acordo com o Inep, 3.935.237 pessoas fizeram o Enem 2019 em 3 e 10 de novembro – 72,81% dos 5.095.388 inscritos.
A abertura da inscrição do Sistema de Seleção Unificado (Sisu), que permite aos estudantes concorrerem a vagas em universidades federais pelo país com a nota do Enem, está com o cronograma mantido, segundo Lopes. O prazo vai de terça (21) a sexta (24).