Pesquisa do instuituto Datafolha mostra que apenas 25% da população confia no que fala o ex-presidente Lula (PT). Já os que dizem não confiar nunca somam 37%, enquanto outros 36% afirmam que às vezes têm confiança no que fala o ex-presidente. O levantamento também quis saber sobre a libertação do ex-presidente. A soltura foi considerada justa pela maioria da população, segundo mostra a mais recente pesquisa Datafolha, onde 54% dos entrevistados entendem que a libertação do petista foi justa, ante 42% que a consideram injusta. Disseram não saber 5% dos entrevistados.
O Datafolha também questionou os entrevistados sobre se eles confiam nas declarações do ex-presidente Lula. Os que dizem não confiar nunca somam 37%, enquanto outros 25% afirmam que sempre confiam. Afirmam que às vezes têm confiança no que fala o ex-presidente 36%.
O apoio ao ex-presidente, no recorte por faixas da população, é maior entre jovens de 16 a 24 anos e de entrevistados com escolaridade de nível fundamental, faixas em que 61% consideram justa a soltura.
A tendência se inverte nos segmentos de alta renda. A reprovação à libertação chega a 59% entre quem tem renda salarial mensal acima de dez salários mínimos.
Na divisão por regiões, o respaldo ao ex-presidente é maior no Nordeste, onde 71% afirmaram que a libertação é justa. No Sul e no Sudeste, a corrente que entende que a saída da cadeia é injusta está numericamente à frente, por 49% a 47%, mas dentro do limite da margem de erro.
O ex-presidente, solto dia 8 de novembro, após cumprir 19 meses da pena por condenação de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP), pôde voltar à liberdade graças à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF ) que mudou antigo entendimento da corte e considerou inconstitucional a prisão de réus condenados que ainda tenham recursos pendentes em cortes superiores, como é o caso do petista. Mas Lula permanece, com base na Lei da Ficha Limpa, impedido de disputar eleições.
No final de novembro, Lula teve confirmada em segunda instância outra condenação, no caso do sítio de Atibaia (SP). A pena foi ampliada para 17 anos e um mês de prisão. Também nesse caso, ele poderá aguardar em liberdade a tramitação dos recursos.
A pesquisa ouviu 2.948 pessoas na quinta (5) e sexta-feira (6) da semana passada em 176 municípios pelo país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.