O Brasil aparece em 79º lugar no ranking mundial dos 189 países e territórios do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2018. Situado na faixa "Alto" com 0,761 o Brasil aparece na mesma posição da Colômbia pela medição da Organização das Nações Unidas (ONU). No intervalo de um ano (2017/2018), o Brasil caiu uma colocação quando comparado ao restante do mundo, aponta o relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (Pnud), divulgado nesta segunda-feira(9).
Brasil fica atrás de Chile (42.º lugar), Albânia (69.º lugar), Cuba (72.º), Bósnia (75.º lugar) e México (76.º). Considerando apenas a América do Sul, Brasil e Colômbia dividem a quarta posição no IDH, atrás de Chile, Argentina e Uruguai. A instável Venezuela, que havia aparecido à frente no relatório anterior, mesmo em convulsão social e enfrentando profunda crise econômica, agora ficou para trás, em 96.º lugar.
Segundo o documento, enquanto a esperança de vida ao nascer e a renda per capita subiram no Brasil, os anos esperados de escolaridade e a média de anos de estudo ficaram estagnados na área de educação “travaram” o crescimento do índice brasileiro. De 2016 para cá, os anos esperados de escolaridade não aumentaram, permanecendo em 15,4 – o que, na prática, significa ensino superior incompleto. Esses quesitos são considerados no cálculo do IDH, que avalia três dimensões: saúde, educação e renda.
O Pnud também avaliou, em 150 países, o IDH “ajustado às desigualdades”. Este índice mede a perda do desenvolvimento humano devido à distribuição desigual dos ganhos do IDH. Nesta avaliação, o Brasil ficou com o índice 0,574 e ocupou a 102ª posição. Na América do Sul, o país foi o segundo que mais perdeu no IDH devido ao ajuste realizado pela desigualdade, ficando atrás apenas do Paraguai (que foi da posição 98, com 0,724, para a posição 112, com 0,545).
No relatório, a ONU defendeu que a desigualdade de renda precisa ser combatida, mas disse também que é preciso ter atenção à desigualdade de acesso à tecnologia e de formação, que pode ter efeito nas próximas gerações.
O primeiro colocado no ranking é a Noruega, com IDH de 0,954, seguida por outros três países europeus – Suíça (0,946), Irlanda (0,942) e Alemanha (0,939) –, que se situam na categoria de IDH “muito alto”. O país sul-americano com melhor desempenho é o Chile, em 42.º lugar (0,847). Na América Latina, o lanterna é o Haiti, com 0,503 no IDH, na faixa de baixo desenvolvimento humano. No mundo inteiro, o último lugar permaneceu com o Níger (0,377), na África Ocidental. Estadão