O ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), acolheu pedido da Procuradoria-Geral da República e determinou o bloqueio de R$ 581 milhões de parte dos investigados da Operação Faroeste, deflagrada na manhã desta terça, 19. A ação visa apurar um suposto esquema de venda de decisões no Tribunal de Justiça da Bahia e afastou seis magistrados. Além do presidente da Corte, Gesilvado Brito, foram afastados por 90 dias por determinação Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria do Socorro, ex-presidente da Corte, e as também desembargadoras Sandra Inês Moraes Rusciolelli e Maria da Graça Osório Pimentel.
As ações são realizadas nas cidades de Salvador, Barreiras, Formosa do Rio Preto e Santa Rita de Cássia (BA) e em Brasília. Segundo o Ministério Público Federal, a investigação identificou um esquema de corrupção envolvendo magistrados e servidores do TJBA, advogados e produtores rurais que atuavam na venda de decisões para legitimar terras no oeste baiano. A procuradoria indicou ainda que o grupo teria movimentado cifras bilionárias e utilizado ‘laranjas’ e empresas para dissimular os benefícios obtidos ilicitamente. As decisões obtidas ilicitamente teriam permitido grilagem de cerca de 360 mil hectares de terra, diz a Procuradoria.
A ‘Faroeste’ cumpre na manhã desta terça, 19, quatro mandados de prisão temporária e 40 mandados de busca e apreensão em gabinetes, fóruns, escritórios de advocacia, empresas e nas residências dos investigados.