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Amazônia perde 9.762 Km quadrados de verde em um ano

A Amazônia brasileira perdeu 9.762 quilômetros quadrados de vegetação em um ano. O dado, que é o pior em mais de uma década e representa um aumento de 30% em relação ao ano anterior, foi divulgado pelo organismo público brasileiro que realiza as medições oficiais com satélites. As cifras divulgadas na segunda-feira apontam a quantidade de floresta destruída entre agosto de 2018 e julho passado. Ou seja, incluem sete meses do mandato de Bolsonaro. A cifra confirma o que as medições de alertas em tempo real vinham indicando há meses que o desmatamento se intensificou no atual governo. 


As derrubadas na Amazônia brasileira crescem desde 2012, embora a um ritmo menor. A superfície destruída agora equivale a 1,3 milhão de campos de futebol e aumentará ainda mais a pressão sobre Bolsonaro e seu Gabinete, pois tanto seu discurso como sua política ambiental assustam não só os indígenas, as ONGs e os cientistas, mas também muitos Governos estrangeiros, a começar pelos europeus.


Meses atrás, o presidente criticou duramente o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), questionou suas medições e destituiu seu diretor. Apesar disso, seus ministros do Meio Ambiente e de Ciência compareceram à apresentação dos números do desmatamento medidos a cada 12 meses.


 Era grande a expectativa pela apresentação na sede do INPE em São José dos Campos, já que a polêmica mundial por causa dos ferozes incêndios na Amazônia continua fresca e porque os sistemas de alerta em tempo real — usados para mobilizar inspetores, bombeiros e outros profissionais — indicavam que a destruição da floresta havia disparado.


O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, atribuiu o enorme aumento à “economia ilegal”, em referência às atividades ilícitas de mineradoras, madeireiras e invasores, que se apropriam das terras. Salles disse que é necessário criar oportunidades econômicas sustentáveis na região. Os ecologistas e uma parte dos empresários do setor agropecuário afirmam que o desenvolvimento econômico da Amazônia não é incompatível com a preservação ambiental.


Os prazos esboçados até agora por Bolsonaro com essa finalidade incluem o início da exploração comercial de terras indígenas, que neste momento contam com uma forte proteção legal que só permite que sejam destinadas ao uso sustentável dos indígenas que as habitam há milênios. Entre as medidas anunciadas pelos ministros para combater o desmatamento, incluem-se o reforço da fiscalização na Amazônia e a visita de alguns científicos, além da transferência para lá de algum organismo de pesquisa.


Para as ONGs, o principal culpado pelo enorme aumento é o presidente. “O projeto antiambiental de Bolsonaro eliminou a capacidade de combater o desmatamento, favorece os que cometem crimes ambientais e estimula a violência contra os povos (nativos) da floresta”, declarou Cristiane Mazzetti, da campanha Amazônia do Greenpeace. O World Wild Fund (WWF) ressaltou que nunca foram aplicadas tão poucas multas ambientais como nos últimos meses.


O desmatamento atingiu seu máximo histórico em 1995, com a destruição de 29.000 quilômetros quadrados da Amazônia (três vezes a cifra atual) e seu mínimo em 2012, com 4.500 quilômetros quadrados. Essa evolução positiva foi fruto de uma política continuada que protegeu por lei dezenas de reservas indígenas, decretou que na Amazônia só se pode cultivar 20% de cada terra e reforçou os sistemas de inspeção e punição aos que cometem crimes ambientais. El País

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