O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que governo federal deverá privatizar empresas estatais neste ano. Essas empresas terão seu controle vendido para a iniciativa privada, garantiu que o processo será rápido. "Vamos acelerar as privatizações. Tem gente grande que acha que não vai ser privatizado e vai entrar na faca", afirmou Guedes. O ministro reiterou a meta que deu ao seu secretário de Desestatização, Salim Mattar, de privatizar US$ 20 bilhões neste ano.
À tarde, apenas nove companhias foram incluídas no programa de desestatização: ABGF, Emgea, Serpro, Dataprev, Ceagesp, Codesp, Ceitec, Telebrás e Correios. Mais cedo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, havia dito que seriam 17 empresas na lista.
Guedes elogiou a fusão entre Embraer e Boeing em seu discurso a uma plateia de empresários e executivos de grandes empresas. Segundo ele, o ideal seria fazer mais duas ou três fusões do tipo com outras empresas brasileiras. "Com o avanço da tecnologia, quem não se modernizar e não tiver capacidade de adaptação vai ficar para trás.
O ministro afirmou, ainda, que o governo tem conversado com países como Estados Unidos e China em busca de acordos comerciais. "Tem uma competição [mundial] para fazer negócio com a gente e estamos em alta velocidade. Vamos dançar com os americanos e com os chineses", disse. Paulo Guedes afirmou ainda que o governo pretende descentralizar recursos para aumentar os repasses a estados e municípios. Como contrapartida, deverá pedir a desvinculação das receitas de todos os entes federativos.
O ministro falou em desvincular 280 fundos cujos recursos têm destinação específica. "Não faz sentido ter todas as verbas carimbadas. O ministro Sergio Moro precisa de R$ 50 milhões para ampliar a Força de Segurança Nacional e tem um fundo penitenciário com R$ 1,5 bilhão que não pode ser tocado. É uma insensatez", disse. Folha de São Paulo