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Na lista da liberdade de imprensa Brasil é o número 105

O Brasil é o número 105 no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa. A lista divulgada nesta quinta (18) pela organização Repórteres Sem Fronteiras, mostra  que  o país perdeu 3 posições. A Noruega lidera o ranking, que mede a liberdade com a qual os jornalistas exercem a profissão e os casos de agressão a repórteres.  Outros  2 países nórdicos, a Finlândia e a Suécia ocupam as outras duas  posições de destaque.


O Brasil aparece muito atrás dos vizinhos Chile (46), Argentina (57) e Paraguai (99). De acordo com o relatório, a imprensa brasileira está em uma “situação problemática”, classificação que engloba também outros 65 países. O agravante é que o Brasil está posicionado muito próximo à categoria inferior, denominada de “situação difícil”. As eleições presidenciais do ano passado e o assassinato de quatro jornalistas foram os responsáveis pela queda. Os Estados Unidos continuam a tendência de declínio que começou em 2017, ocupando agora a posição 48º.


“A eleição de Jair Bolsonaro em outubro de 2018, após uma campanha marcada por discursos de ódio, desinformação, ataques à imprensa e desprezo pelos direitos humanos, é um prenúncio de um período sombrio para a democracia e a liberdade de expressão no país”, diz o estudo.


O relatório destaca ainda o papel do WhatsApp no pleito brasileiro de 2018. Afirma que a plataforma de mensagens instantâneas foi "central" na campanha que elegeu Bolsonaro: 61% de seus eleitores tinham o aplicativo como principal fonte de informação, público que o relatório qualifica como “desconfiado” em relação à imprensa tradicional.


A queda do Brasil acompanha uma tendência geral de piora da liberdade de imprensa na América Latina, depois de uma ligeira melhora em 2018. As eleições em países da região, como México, Venezuela e El Salvador, “geraram um contexto que favoreceu o recrudescimento de ataques contra jornalistas, perpetrados, entre outros, pela classe política e autoridades públicas”, aponta o estudo.


A Nicarágua, assolada há um ano por violentos protestos contra o governo de Daniel Ortega, caiu 24 posições. Foi a maior queda registrada na América Latina, devido à repressão do ditador contra a imprensa independente, que terminou em ameaças de morte e prisões de profissionais de imprensa.


De maneira geral, o relatório diz que há “uma situação preocupante em nível global”, já que a classificação é favorável (“boa” ou “relativamente boa”) em apenas 24% dos países da lista. Os piores colocados são três estados autoritários: a Eritreia (178), a Coreia do Norte (179) e o Turcomenistão (180), ex-república soviética que ocupa o último lugar.


Divulgado anualmente desde 2002, o estudo se tornou uma referência para a diplomacia e por organizações internacionais como as Nações Unidas e o Banco Mundial. É elaborado com base em respostas a 87 perguntas, às quais somam-se os números de casos de violência contra jornalistas dentro do período estudado.

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