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Polícia britânica prende fundador do WikiLeaks


Julian Assange é elogiado por muitos grupos por ter exposto casos de abusos de poder por parte de governos

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, 47 anos, foi preso nesta quinta-feira (11), pela polícia britânica na embaixada do Equador em Londres. Prisão ocorreu depois que o governo do país latino retirou o asilo diplomático concedido ao australiano, informou a Scotland Yard. O australiano estava na embaixada por temer que, se saísse, fosse preso e extraditado aos Estados Unidos pela divulgação de milhares de documentos secretos de Washington por meio de plataforma de difusão de documentos secretos WikiLeaks.


Assange é elogiado por muitos grupos por ter exposto casos de abusos de poder por parte de governos. Para outros, é considerado um rebelde perigoso, que colocou em perigo a segurança dos Estados Unidos ao divulgar informações confidenciais. ​


O presidente do Equador, Lenín Moreno, afirmou que o país decidiu "soberanamente" retirar o asilo diplomático de Assange "por violar reiteradamente as convenções internacionais e o protocolo de convivência", explicou o líder equatoriano na mesma rede social. Ele garantiu que o australiano não será extraditado a um país onde possa ser condenado à pena de morte.


Recentemente, o WikiLeaks publicou informes sobre os chamados Papéis Ina, que apontam para um esquema de corrupção ligando Moreno a uma empresa offshore no Panamá. O presidente nega qualquer malfeito.


Em novembro, o Wikileaks disse que Assange estava sendo processado de forma secreta pelos Estados Unidos. O governo norte-americano não confirmou a informação.


O ex-presidente do Equasor, Rafael Correa, que concedeu o asilo a Assange em 2012, considerou a decisão de Quito como "ilegal" e "em violação ao direito internacional". Correa acusou Moreno de ser o "maior traidor da história" latino-americana por cometer um "crime" ao entregar Assange. "Moreno é um corrupto, mas o que fez é um crime que a humanidade jamais esquecerá", disse o ex-presidente no Twitter.


Edward Snowden, ex-analista de inteligência da Agência de Segurança Nacional (NSA), que tornou públicos detalhes de vários programas que constituem o sistema de vigilância global da agência de segurança americana (NSA), qualificou o dia como "sombio para a liberdade de imprensa". "As imagens do embaixador do Equador convidando a polícia secreta a entrar na embaixada para retirar um editor - goste ou não - de material jornalístico terminará nos livros de história. Os críticos de Assange podem celebrar, mas é um dia sombrio para a liberdade de imprensa", disse ele no Twitter.


A Rússia também reagiu à decisão, acusando as autoridades britânicas de "estrangular a liberdade", segundo a porta-voz do Ministério russo das Relações Exteriores, Maria Zakharova. "Esperamos que todos os seus direitos sejam respeitados", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.


A advogada da mulher sueca que acusou Assange de estupro em 2010 disse que sua cliente quer a reabertura da investigação. Em maio de 2017, a três anos de sua prescrição e sem condições de levar as investigações adiante, a Suécia arquivou o caso. "Vamos fazer de tudo para que os procuradores reabram a investigação sueca e que Assange seja enviado para a Suécia e levado à Justiça por estupro", afirmou Elisabeth Massi Fritz.

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