Depoimento de um dos gerentes da Vale, às autoridades mostram que a diretoria executiva da companhia sabia que havia um decréscimo no nível de segurança da barragem. Essa é a primeira vez que investigações as sobre o desastre de Brumadinho (MG) chegou à cúpula da Vale. Segundo o jornal Folha de São Paulo, um gerente que não teve seu nome citado disse em depoimento que discutiu o assunto com superiores e que eles estavam cientes dos problemas da barragem.
Na semana passada, seis pessoas foram ouvidas pelo Ministério Público de Minas Gerais, entre elas, os gerentes Joaquim Pedro de Toledo e Alexandre Campanha, que estão presos.
O rompimento das barragens na mina Córrego do Feijão, da Vale, dia 25 de janeiro, já conta 179 mortos e 131 desaparecidos, segundo a Defesa Civil de Minas Gerais.
De acordo com dados do Corpo de Bombeiros, 60% das vítimas já foram resgatadas.
A busca pelos desaparecidos é uma batalha contra o tempo: cada hora transcorrida aumenta ainda mais o grau de dificuldade de recuperação, por causa dos estágios de decomposição dos corpos.
Essa já é considerada a maior operação de salvamento do país. De acordo com balanço, 56 máquinas estão atuando em todas as áreas de resgate. Em momentos mais críticos, 31 aeronaves chegaram a participar das operações.
Atualmente, 150 militares, a maioria do estado de Minas Gerais, ainda atuam em 14 frentes de buscas. Não há um prazo para que a operação seja encerrada.