A fronteira entre Brasil e Venezuela na cidade de Pacaraima, em Roraima, amanheceu fechada neste domingo (24) pelo terceiro dia. O clima é tranquilo na região, que viu conflitos no sábado (23), quando três pessoas morreram e ao menos 15 ficaram feridas na cidade venezuelana de Santa Elena, a 15km da fronteira com Roraima. Na mesma região, venezuelanos também atacaram uma base do exército da Venezuela, e os militares venezuelanos reagiram com bombas de gás lacrimogêneo que chegaram a alcançar o território brasileiro.
As passagens entre Venezuela e Colômbia também seguem fechadas em quatro pontes, e devem permanecer assim até a próxima segunda (25), após decisão do governo Nicolas Maduro. A intenção é avaliar os danos causados durante o envio de ajuda humanitária. Na fronteira que separa a cidade colombiana de Cúcuta da venezuelana Ureña, dois caminhões que levavam mantimentos para a Venezuela foram incendiados. Segundo balanço do governo colombiano, os confrontos deixaram 285 feridos.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, discursou no sábado (23) em Caracas, quando afirmou que opositores que tentam entrar com ajuda humanitária são "traidores" e anunciou o rompimento das relações com a Colômbia.
Neste domingo (24), o governo brasileiro condenou "os atos de violência perpetrados pelo regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro" ocorridos no sábado, nas fronteiras com o Brasil e com a Colômbia, chamou o governo de Maduro de "criminoso" e apelou à comunidade internacional para "somarem-se ao esforço de libertação da Venezuela".
"O uso da força contra o povo venezuelano, que anseia por receber a ajuda humanitária internacional, caracteriza, de forma definitiva, o caráter criminoso do regime Maduro", afirma nota divulgada pelo Itamaraty na madrugada deste domingo.
Durante discurso em Caracas, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que opositores que tentam entrar com ajuda humanitária são "traidores" e anunciou o rompimento das relações com a Colômbia.
"Minha vida é consagrada totalmente à defesa da pátria, em qualquer circunstância. Nunca me dobrarei, sempre defenderei a minha pátria com a minha vida, se necessário for. É uma ordem que dou ao povo, aos militares patriotas, a todas as forças armadas bolivarianas. Se vocês amanhecerem um dia com a notícia de que fizeram algo com Nicolás Maduro, saiam às ruas", declarou. G1