Busca:

  Notícia
 
Operação separa 22 chefões do crime em 3 presídios


Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, é apontado como chefe do PCC

​O chefe máximo do PCC, Marco Camacho, o Marcola, foi transferido na manhã desta quarta (13) para um presídio federal. O destino ainda não foi revelado, mas calcula-se que seja Brasília. Além dele, também foram transferidos em forte esquema de segurança​​ outros 21 membros da facção, grande parte também integrante da cúpula. O irmão de Marcola está entre os transferidos.


Em 2006, a transferência de presos do PCC para o presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau (a 611 km de SP) levou à maior onda de violência no estado como ataques às forças de segurança, que deixou um saldo de 564 mortos, dos quais 505 eram civis [leia mais abaixo].


Até por isso, a Polícia Militar mantinha uma operação em mais de 3.300 pontos diferentes nesta quarta sem prazo para terminar. A Secretaria da Administração Penitenciária também realizou revistas em praticamente todas as unidades do estado para tentar inibir eventuais rebeliões.


Os presos foram transportados em um avião das Forças Armadas a partir do aeroporto da vizinha Presidente Prudente para a transferência. Além de Brasília, alguns deles serão transferidos para os presídios federais de Porto Velho (RO) e Mossoró (RN). Em razão disso, o governo federal autorizou a presença das Forças Armadas para fazer a segurança no entorno dos dois presídios.


A Garantia da Lei e da Ordem​​ (GLO) decretada pelo presidente Jair ​Bolsonaro (PSL) nesta quarta permite a proteção nos locais até o dia 27.


Sete desses presos tiveram a transferência definida no ano passado por causa de envolvimento em crimes investigados na operação Echelon, entre eles ordem para ataques a agentes públicos e assassinatos de rivais.


Já Marcola está sendo transferido por conta da descoberta em 2018 de um plano de fuga que utilizaria até um exército de mercenários para o resgate dele e de parte da cúpula da facção. ​A Justiça de São Paulo ficou ainda mais pressionada a determinar a transferência depois que, no final do ano, duas mulheres foram presas com suposta carta com ordem do chefão do PCC para matar o promotor Lincoln Gakiya, responsável pelo pedido de transferência, e que investiga há anos o crime organizado. 


Integrantes do Ministério Público disseram à Folha que aguardavam a transferência de Marcola para breve, mas acreditavam que isso só deveria ocorrer depois que o presidente da República, Jair Bolsonaro(PSL), deixasse o hospital na capital paulista. Logo após a transferência, a alta do presidente também foi confirmada e o presidente seguiu de volta a Brasília.


A transferência de Marcola provocou um racha nos últimos meses do governo Márcio França (PSB) entre integrantes da cúpula que defendiam a transferência de Marcola e outros que temiam represália por parte dos criminosos se essa transferência fosse concretizada, a exemplo do que ocorreu em maio de 2006, quando forças de segurança foram atacadas em represália à transferência de 765 presos para Venceslau.


Mais de 300 ataques da facção a prédios públicos na época deixaram 59 agentes de segurança mortos em cinco dias. O saldo de mortes aumentaria nos dez dias que se seguiram, quando grupos de homens encapuzados saíram às ruas para vingar as mortes de policiais. Foram 505 civis mortos.


O principal a defender a permanência de Marcola e outros integrantes do PCC em São Paulo era o então secretário Mágino Alves Barbosa Filho, sob argumento de ter informações seguras de que esses ataques ocorreriam. Já o então secretário da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, e membros do Ministério Público, refutavam a descoberta de planos de ataques por parte dos criminosos e defendiam a transferência imediata.


Ao mesmo tempo que ocorre a transferência, a Polícia Militar realiza em todo o estado uma operação com 21.934 policiais, com 8.104 viaturas, 13 helicópteros em 3.362 pontos. Segundo a Secretaria da Segurança, "as equipes estão em locais estratégicos, apontados pelo serviço de inteligência da PM, para sufocar possíveis ações de criminosos".


Essa é a segunda vez que Marcola é transferido de estado. Na primeira, em fevereiro de 2001, ele foi enviado para o Rio Grande do Sul e Brasília, onde ficou por mais de um ano. Como ambos eram presídios estaduais e sem estrutura adequada de isolamento, e a movimentação acabou contribuindo para a expansão do PCC para outras unidades da federação.

Atualmente, segundo investigação da polícia e Promotoria, a facção que surgiu de um time de futebol composto por oito presidiários, tem representantes em todo o país e boa parte da América Latina, com mais de 20 mil membros cadastrados e obedientes a Marcola. Folha de São Paulo

Mais Notícias

Nova pesquisa mostra vantagem de Bruno na disputa em Salvador
BYD tem lucro de 80% e aumento de 62% nas vendas em 2023
Maduro acusa Lula de seguir orientação dos Estados Unidos
Imagem do Supremo melhora, diz pesquisa do Datafolha
Colunistas Diego Copque
Colunistas Waldeck Ornélas
Mortalidade por câncer de mama aumenta 86,2% em 22 anos no Brasil
Bolsonaro terá de explicar ao STF hospedagem em embaixada
Coluna Camaçarico 25 de março 2024
Preços dos ovos de Pascoa ficam 20% mais caros e vendas no período devem crescer 14,9%


inicio   |   quem somos   |   gente   |   cordel   |   política e políticos   |   entrevista   |   eventos & agenda cultural   |   colunistas   |   fale conosco

©2024 Todos Direitos Reservados - Camaçari Agora - Desenvolvimento: EL