O perfil da legislatura que inicia os trabalhos neste 1º de fevereiro em Brasília traz a “cara” do momento político atual do País. Mais fragmentada, mais jovem e com mais mulheres e negros, a Câmara também terá mais nomes ligados a instituições militares, resultado da onda conservadora impulsionada pela eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência.
Numa Câmara em que 52% das 513 cadeiras foram renovadas, um em cada cinco dos 243 eleitos pela primeira vez para o cargo tem até 35 anos. O número de mulheres passará de 51 para 77, um aumento de 50%, mas que ainda responde por apenas 15% dos congressistas.
O número de deputados negros (soma de pardos e pretos, segundo critério do IBGE) cresceu quase 5% na eleição de 2018 na comparação com 2014, mas o grupo continua sub-representado na Câmara dos Deputados em relação ao tamanho da população. Dos 513 deputados eleitos no último domingo (7), 385 se autodeclaram brancos (75%); 104 se reconhecem como pardos (20,27%); 21 se declaram pretos (4,09%); 2 amarelos (0,389%); e 1 indígena (0,19%).
Entre as profissões, empresários e advogados são maioria. Os militares saltaram de cinco para 15 – a maior parte deles é do PSL, partido do Capitão reformado do Exército. Estadão