O PT cai dos 2,3 milhões de interações durante a campanha presidencial para 80 mil. Grupo de apoio do partido nas redes sociais foi o que sofreu a maior queda relativa e tem hoje apenas 3% . Os números são do sistema de monitoramento  realizado pelo jornal Estado de S.Paulo, que utiliza a ferramenta Crowdtangle. O levantamento mostra o engajamento das “bolhas de apoiadores” dos candidatos do último pleito e concluiu que as redes, muito ativas durante período eleitoral, tiveram queda em todos os espectros ideológicos. 

Ainda segundo o levantamento, o grupo petista já vinha sendo “desafiado”, ainda durante a eleição, pelo terceiro campo político nas redes sociais: o grupo de páginas de esquerda não alinhadas com o PT ou que apoiaram candidatos derrotados no 1.º turno, como Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede). 

O estudo ainda deduz que a terceira rede está suplantando a presença do grupo petista como oposição ao governo Bolsonaro e nas críticas ao caso Queiroz. Após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontar movimentações atípicas nas contas do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, filho do presidente, grupos pró-Bolsonaro entraram na defensiva e perdem 88% de sua força.  

Atualmente, a rede de candidatos derrotados está em ritmo de recuperação pós-eleição, atingindo os mesmos índices da enfraquecida rede de Bolsonaro. Há um empate técnico: 1,69 milhão de interações ante 1,74 milhão dos bolsonaristas, no período após a divulgação de movimentações “atípicas” de Queiroz e Flávio, senador eleito pelo Rio de Janeiro. Durante o período eleitoral essa terceira rede não chegava nem perto do grupo pró-Bolsonaro, seja em tamanho, volume ou influência.