Após um dia de reuniões com opositores do governo de Nicolás Maduro na Venezuela e representantes do Grupo de Lima e dos EUA, o Itamaraty emitiu uma nota cheia de acusações contra o presidente daquele país.
Maduro, segundo o ministério, chefia um sistema que “constitui um mecanismo de crime organizado” e está "baseado na corrupção generalizada, no narcotráfico, no tráfico de pessoas, na lavagem de dinheiro e no terrorismo”, diz a nota. “O Brasil tudo fará para ajudar o povo venezuelano a voltar a viver em liberdade e a superar a catástrofe humanitária que hoje atravessa”, afirmou, sem detalhar quais ações concretas foram debatidas.
O presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o presidente do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela em exílio, Miguel Ángel Martins, e o assessor de Assuntos Institucionais da Organização dos Estados Americanos (OEA), Gustavo Cinose.
Outro encontro de opositores a Nicolas Maduro foi liderado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros brasileiro, Ernesto Araújo, tendo estado presentes representantes dos Estados Unidos e dos países membros do Grupo de Lima - composto de 14 países da América Latina, Caraíbas e o Canadá. O ministério dos Negócios Estrangeiros do Brasil não revelou o motivo da reunião. Segundo a Cúpula Conservadora das Américas, liderada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente brasileiro, este encontro irá “traçar o melhor o caminho para a queda da narcoditadura e o restabelecimento da real democracia” na Venezuela.