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Médium João de Deus completa 1 mês na cadeia


A prisão do médium João de Deus, acusado de crimes sexuais durante tratamentos espirituais em Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal, completa um mês nesta quarta-feira (16). Denunciado duas vezes pelo Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) por abusos sexuais e indiciado pela Polícia Civil por posse ilegal de arma, o médium está sozinho em uma cela do Núcleo de Custódia em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.


Os abusos sexuais sofridos peloo médium João de Deus durante atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, na cidade de Abadiânia, em Goiás, foram relatados por 13 mulheres.  Na época da denuncia  a paouco  mais de 1 mês, a assessoria de imprensa de João de Deus afirmava que "rechaça veementemente qualquer prática imprópria em seus atendimentos".


Depois que o caso veio à tona, através de denúncia da Rede Globo, o MP pediu para que quem se sentisse vítima do médium, procurasse o órgão para denunciá-lo. Na época, a promotora Silvia Chakian disse que entendia a demora de as vítimas denunciarem os abusos e, por isto, considerava fundamental o fato de não se ter prazo para registrar estes crimes.


No dia 9 de dezembro, pela primeira vez após o caso vir à tona, o advogado Alberto Toron se pronunciou como defesa do médium. Ao Fantástico, disse que João de Deus "muito enfaticamente nega" as acusações de abuso sexual de dezenas de mulheres. "Ele recebe com indignação a existência dessas declarações, mas o que eu quero esclarecer, que me parece importante, é que ele tem um trabalho de mais de 40 anos naquela comunidade, atendendo a todos os brasileiros, gente de fora do país, sem nunca receber esse tipo de acusação”, disse.


À medida em que os dias foram passando, mais denúncias de mulheres foram surgindo. O MP-GO divulgou um e-mail para que vítimas pudessem procurar o órgão. Em 7 horas, 40 mulheres haviam entrando em contato por meio dele. Também no dia 10 de dezembro, a Polícia Civil instaurou uma força-tarefa para investigar as denúncias de abusos sexuais supostamente praticados pelo médium.


Um dia depois do Ministério Público divulgar o e-mail para denúncias, o MP-GO chegou a receber mais de 200 contatos de mulheres que afirmavam ter sido vítimas de João de Deus. No mesmo dia, a Polícia Civil ouviu cinco vítimas e uma delegada afirmou que todas as mulheres que denunciarem João de Deus passariam por perícia psicológica.


 


No dia 12 de dezembro  João de Deus fez sua primeira aparição na Casa Dom Inácio de Loyola. João Deus ficou menos de 10 minutos no local e, antes de ir embora, declarou que é inocente.Esta foi a última vez que o médium foi até a casa onde realizava tratamentos espirituais há 40 anos. No mesmo dia, o MP-GO pediu a prisão dele, embasado nas denúncias de abuso sexual que haviam chegado ao órgão.


Voluntários da Casa Dom Inácio de Loyola fizeram uma procissão em defesa do médium, que foi acusado por mulheres de abuso sexual. Eles percorreram ruas da cidade fazendo orações e segurando cartazes com dizeres como “Gratidão”, “Médium João de Deus estamos com você” e “Unidos pela Casa”. No mesmo dia 13 a defesa do médium protocolou um pedido para o que o líder religioso continuasse os atendimentos, mesmo que, para isso, seja filmado ou tenha a presença de policiais.


No dia seguinte (14) a Justiça de Goiás decretou a prisão de João de Deus, em Abadiânia, após denúncias de abusos sexuais. Após a decretação, a Polícia Civil afirmou ter feito buscas em mais de 20 endereços, sem localizar o médium.


A a Polícia disse que negociava com a defesa de João de Deus para que ele se entregasse, mas que ainda não havia prazo. A defesa chegou a dizer que ele se entregaria, mas que não havia prazo para que ele fosse considerado foragido. Neste dia, o MP-GO revelou que uma suspeita de ocultação de patrimônio reforçou pedido de prisão do médium.


Depois de mais de 300 contatos de vítimas, e após a Polícia Civil fazer buscas em mais de 30 endereços, o médium João de Deus se entregou, às 16h20, do dia 13 de dezembro, em uma estrada de terra em Abadiânia, na região central de Goiás. Depois ele foi transferido para Goiânia, prestou depoimento e foi levado ao Complexo Prisional, onde está preso até então.

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