O ex-prefeito de Guanambi e eleito suplente de deputado federal, Charles Fernandes (PSD), negou envolvimento na ação que determinou a sua diplomação no lugar do colega Luiz Caetano (PT), impedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de assumir o mandato após ser enquadrado pela Lei da Ficha Limpa por improbidade administrativa.
O advogado de Fernandes, que integra a base do governador Rui Costa, mas é ligado ao senador Oto Alencar, princopal figura do PSD na Bahia, aparece como autor da reclamação para o cumprimento da decisão de anulação do diploma do petista e ex-prefeito de Camaçari. “Eu estava em Brasília no dia e o advogado que fez isso, fez sem minha autorização”, disse Charles Fernandes ao afirmar que afastou o profissional Danilo Matos Cavalcante de Souza.
Ainda segundo Charles Fernandes, ele teria ligado para Caetano após a comunicação da ministra Rosa Weber, presidente do TSE. “Liguei para dizer que não tinha sido iniciativa minha. O advogado não tinha essa autorização. Respeito as instituições, mas nunca faria isso, em hipótese nenhuma, com nosso colega”, concluiu.
Caetano teve sua candidatura a reeleição impugnada por decisão unânime dos 7 ministros do TSE que seguiram o relator Admar Gonzaga e entrenderam que o ex-prefeito cometeu crime de improbidade e está enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Decisão na sessão realizada na noite do dia 27 de novembro do ano passado, deixou o petista de 64 anos fora do Congresso a partir de fevereiro e afastado da vida publica por 5 anos.