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Deputados federais receberam em dezembro R$ 84 mil


Antecipação de vantagens faz parte da estratégia de Rodrigo Maia para conquistar apoios para a reeleição da presidência do Congresso

Em campanha pela reeleição, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), antecipou o pagamento de auxílio-mudança aos deputados. O benefício, equivalente a um salário mensal (R$ 33,7 mil) é tradicionalmente pago ao fim do mandato, que acaba em 31 de janeiro, mas foi depositado no dia 28 de dezembro na conta dos parlamentares.


Ao todo, 505 deputados receberam o benefício, o que totalizou R$ 17 milhões em despesa. Além do auxílio, deputados receberam em dezembro a segunda parcela do 13.º, o que, somado ao salário, levou a remuneração do mês a R$ 84,2 mil. O auxílio-mudança é pago no início e no fim de cada legislatura como ajuda de custo. Os parlamentares do Distrito Federal e os reeleitos também recebem o benefício.


Segundo a assessoria da Câmara, quatro dos 513 parlamentares abriram mão: Major Olímpio (PSL-SP), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Bohn Gass (PT-RS) e Heitor Schuch(PSB-RS). A assessoria, porém, não soube informar o motivo de outros quatro também não terem recebido.


Presidente da Casa desde 2016, Maia tenta se manter no cargo. Ele vai disputar a reeleição em 1.º de fevereiro, quando a Câmara iniciará a nova legislatura. Nesta semana, conseguiu o apoio do PSL, após prometer à legenda o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa. Partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL elegeu 52 deputados.


Procurado por meio de assessoria, Maia não se pronunciou sobre o assunto. A Câmara informou, em nota, que a antecipação do pagamento do auxílio-mudança foi motivada pela disponibilidade financeira. Segundo o órgão, houve economia de recursos ao longo de 2018.


A Casa informou que em 2019 haverá uma pressão orçamentária maior em razão de gastos sazonais – como o pagamento de direitos trabalhistas a um número significativo de secretários parlamentares que deverão ser exonerados com a mudança da composição da Câmara –, da própria ajuda de custo relativa ao início do mandato que será paga aos novos deputados, do aumento do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal – que eleva o teto do funcionalismo público – e do reajuste de 4,5% da remuneração dos servidores legislativos.


 Conforme mostrou o jornal O Estado de São Paulo na semana passada, a Câmara ainda deverá pagar o auxílio-mudança a suplentes que podem assumir o mandato pela primeira vez na legislatura no lugar de parlamentares que renunciaram para ocupar cargos no Executivo. 


No total, os suplentes poderão acumular até R$ 72 mil – o salário e mais auxílios – para ficar menos de um mês no posto. No período, o Congresso estará em recesso e não há atividades previstas, como votações.


Nesta semana, cinco suplentes assumiram pela primeira vez o mandato. O grupo de novos parlamentares poderá ficar no cargo até 31 de janeiro, quando terão de ceder lugar aos deputados eleitos em outubro. 


Uma vez empossados, os suplentes terão direito também à cota parlamentar – o valor da cota varia de R$ 30,7 mil a R$ 45,6 mil dependendo do Estado de origem do parlamentar – para gastos com passagem aérea, com funcionários e demais custos do gabinete neste mês. De acordo com a Câmara, os critérios de concessão do benefício do auxílio-mudança estão sendo reavaliados, “a fim de torná-los mais claros e restritivos”.


Dos 28 partidos que participam da próxima legislatura da Câmara dos Deputados, pelo menos quatro já oficializaram seu apoio à recondução de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Casa. Depois que PSL – partido do presidente Jair Bolsonaro –, PRB e PSD formalizaram a preferência, o PPS, que elegeu oito parlamentares na Casa, também entrou para o grupo. Essas legendas e o DEM somam 153 dos 513 deputados. 


Nesta sexta-feira, 4, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que apoia a recondução de Maia e que a bancada federal do partido deve seguir essa tendência majoritariamente. Caso o apoio do PSDB se concretize e se os deputados forem fiéis às orientações de suas lideranças partidárias, o número sobe para 182. 


Com estes apoios, Maia tem praticamente lugar garantido no segundo turno da disputa. Nesta semana, o candidato do PRB, João Campos (GO), desistiu da candidatura depois que seu partido decidiu apoiar Maia. Seguem no pleito Fabio Ramalho (MDB-MG), Alceu Moreira (MDB-RS), João Henrique Caldas (PSDB-AL) e Capitão Augusto (PR-SP).  

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