A deputada federal não reeleita, Tia Eron (PRB-BA), vai comandar a secretaria da Mulher, uma das principais estruturas do ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, comandada por outra evangêlica, Damares Alves.TiaEron ficou conhecdida pelo seu voto decisivo contra Eduardo Cunha (MDB-RJ), no Conselho de Ética da Cãmara dos Deputados, que resultou na cassação do parlamentar, em 2016.
Tia Eron e as demais secretarias foram anunciadas pela ministra Damares Alves. Eronildes Vasconcelos Carvalho, nome de Tia Eron, foi eleita pela primeira vez em 2014 deputada federal, mas perdeu a reeleição neste ano. Tia Eron foi eleita a primeira vereadora negra de Salvador, pelo antigo PFL (hoje DEM), em 2000. Na Câmara dos Deputados, apresentou projetos que vão desde revogar o decreto que dá direito ao nome social para travestis e transexuais, na administração pública federal, até um que prevê o aumento de pena para crime de estupro coletivo. Tentou ainda, em outro projeto de lei, instituir a Semana da Consciência Negra.
A deputada federal terá a tarefa de comandar uma das secretarias mais polêmicas do governo Bolsonaro. Durante a campanha, ele foi alvo de críticas por declarações sexistas, como quando disse, em tom de piada, que sua filha foi uma "fraquejada", depois de quatro filhos homens. Após a repercussão, apareceu no horário eleitoral chorando ao falar da filha.