O Brasil tem 453 garimpos ilegais dos cerca de 2.500 existentes na Amazônia. De acordo com mapa inédito apresentado Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg), região formada por 9 países (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela) tem quase 7 milhões de km² usados para extração ilegal de minérios.
O Brasil ocupa o 1º posto entre os países que mantém a atividade ilegal dentro de terras indígenas, com 18 casos entre os 37 identificados, e em áreas de conservação. A Venezuela, que passa por crise humanitária, lidera o ranking amazônico dessa atividade predatória, com 1.899 garimpos clandestinos. Mapa também mostra que o tem 134 garimpos e o Equiador, 68.
“O objetivo do mapa é mostrar a abrangência transnacional do garimpo ilegal na Amazônia, em geral praticado por grupos à margem da lei e que gera prejuízos à floresta, aos rios, aos índios e às populações tradicionais”, explica Alicia Rolla, geógrafa do Instituto Socioambiental (ISA ), que coordena a Raisg.
O mapa mostra 2.312 pontos e 245 áreas de garimpo ou extração de minerais como ouro e diamantes. “Conceitualmente, ‘pontos’ e ‘áreas’ são a mesma coisa, mas as ‘áreas’ são aqueles garimpos cuja extensão determinamos por meio de sensoriamento remoto”.
Além disso, foram mapeados 30 rios afetados pela atividade extrativista ou pela entrada de máquinas, insumos e saída de minerais. Na Colômbia e na Bolívia, as unidades de análise foram os rios, razão pela qual não aparecem quantificados como pontos.
No Brasil, a valorização do metal, de 149% desde 2010, com o grama valendo na última sexta R$ 155,23— é apontada como uma das razões para o recrudescimento do garimpo ilegal na Amazônia nacional, cujo polo minerador localiza-se na região do rio Tapajós. Com informações da Folha de São Paulo