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Futura chefe da Funai questiona isolamento natural dos índios


Funai ficará sob o comando de Damares Alves será a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos

A futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos no governo de Jair Bolsonaro, Damares Alves, questionou sexta-feira (7/12) se a “política de isolamento” é o “melhor” para os povos indígenas. Perguntada sobre a posição de Bolsonaro, que critica o isolamento de povos indígenas, Damares afirmou que também questiona essa “política”. “Nós, tanto ele como eu, questionamos a política do isolamento. Já dá para gente rever se isso realmente é o melhor para o índio, a política do isolamento”, disse Damares.


Pastora evangélica e advogada, Damares foi anunciada na quinta (6) como futura ministra de Bolsonaro. Ela terá a Fundação Nacional do Índio (Funai) no guarda-chuva de seu ministério. Atualmente, o órgão está vinculado ao Ministério da Justiça. Na semana passada, Bolsonaro afirmou que manter índios em reservas demarcadas é tratá-los como "animais em zoológicos". “Agora, veja, na Bolívia temos um índio que é presidente (Evo Morales). Por que no Brasil temos que mantê-los reclusos em reservas, como se fossem animais em zoológicos?", indagou o presidente eleito na ocasião.


Damares foi perguntada sobre o que mudaria para rever a questão do isolamento de índios. A futura ministra defendeu um trabalho gradual para inserir os povos indígenas na sociedade.


“Seria ao poucos começar a ingressar esses povos, sem agressão alguma a sua cultura, respeitando a especificidades, respeitando inclusive aqueles povos isolados”, explicou.


Damares ainda declarou que sua posição não mudaria “nadinha” na política de reservas indígenas. Bolsonaro é crítico do assunto e afirmou durante a campanha que, se eleito, não faria novas demarcações.


A futura ministra também comentou que entre os planos para a Funai está “cuidar do índio como um todo”. “Trazer a mulher indígena para o protagonismo, cuidar do índio com deficiência, nós ainda temos povos que eliminam crianças com deficiência, então, cuidar do índio como um todo”, disse.


Chefe de Damares Alves desde 2015, o senador Magno Malta (PR-ES) publicou na sexta-feira um vídeo no Facebook para, segundo ele, esclarecer que não indicou a pastora evangélica para o cargo de ministra. De acordo com o parlamentar do PR, que foi um dos principais cabos eleitorais da campanha de Bolsonaro à Presidência, a indicação de Damares foi uma escolha pessoal do presidente eleito.


Após a vitória de Bolsonaro na disputa presidencial, o nome de Magno Malta passou a ser cotado como ministeriável. Na última quarta-feira (5), o presidente eleito descartou indicar o parlamentar do Espírito Santo para o primeiro escalão.


Bolsonaro disse a repórteres que não considerou "adequado" oferecer um ministério para Magno Malta. Embora tenha elogiado o "amigo", o futuro presidente disse que o "perfil" do parlamentar do PR "não se enquadrou" no desenho do futuro ministério.


Magno Malta, que não conseguiu se reeleger em outubro, chegou a ser convidado antes do início da campanha eleitoral para ser vice na chapa de Bolsonaro, mas recusou o convite para tentar mais um mandato no Senado.


"Ela [Damares] não é uma indicação minha. Ela é uma escolha pessoal do presidente, que a convidou. Eu não fui comunicado, não fui solicitado. Não fui eu que a indiquei, como algumas pessoas pensam. Não traduz a verdade. Ela é uma escolha pessoal do presidente da República", declarou Magno Malta em trecho do vídeo publicado na rede social.

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