A ex-secretária de Desenvolvimento Urbano de Camaçari, Juliana Paes, entrou com agravo no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) contra a denúncia aceita contra ela por improbidade administrativa feita pelo MInistério Público Estadual. Pela denúncia do MP, a ex-secretária, seu marido Aridã de Souza Carneiro, e mais 5 pessoas, a maioria servidores públicos são acusados de formação de quadrilha e uso da máquina pública para obter benefícios pessoais.
Segundo o promotor de Justiça do MPE de Camaçari, Everardo Yunes, eles formam organização criminosa que cobrava propinas de empresas e investidores interessados na aprovação de empreendimentos imobiliários de médio e alto luxo no município.
Para Juliana, que se mostrou surpreso com a nova denúncia, o pedido do MPE já havia sido recusada em fevereiro deste ano, pelo juiz Ricardo Dias de Medeiros Netto, da 1ª Vara Criminal de Camaçari. Lembra que a 1ª Câmara Criminal do TJ-BA também rejeitou a denúncia em julho.
Além de Juliana Paes e Aridã Carneiro, são réus os servidores Heverton Andrade Ferreira, Epaminonda Lázaro Pereira Daltro, Ricardo Assis de Sá e Marcelo Soares Nascimento, e o engenheiro ambiental Carlos Jean Santos Souza. Conforme a ação, o marido da secretária Aridã mantinha dentro da Secretaria uma sala na qual, apresentando-se como servidor público, recebia empresários para negociar a expedição de alvarás para construção de empreendimentos imobiliários, sob a contrapartida de pagamentos de propina que, em alguns casos, chegou ao valor de R$ 150 mil.