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Camaçarico 3 dezembro 2018


Recuo  Vai para a gaveta o projeto de reeleição para presidente do Legislativo de Camaçari. A Coluna apurou que a proposta capitaneada pelo atual presidente e principal interessando na mudança da regra, o vereador Oziel Araújo (PSDB), deve ser retirada de pauta. Projeto pessoal do tucano esbarrou no acordo com o alcaide Elinaldo que determinava o revezamento do poder na Câmara com a eleieção para o biênio 2019/2020 do companheiro de  bancada governista Jorge Curvelo (DEM). 


Recuo  2  Também deixa de tramitar outra proposta que iria engordar ainda mais a já estufada verba de gabinete dos 21 vereadores do Legislativo de Camaçari. Sem acordo para votar a reeleição, Oziel resolveu dar o troco e sepultar a criação de mais um cargo de assessor para cada vereador. Com salário estimado em R$ 3 mil, o novo colaborador do mandato teria a função de acompanhar e assessorar os trabalhos nas comissões temáticas. 


Recuo  3 Atualmente, a verba mensal de cada gabinete para contratação de pessoal é de aproximadamente R$ 65 mil. Com essa cota, cada um dos 21 representantes do povo pode nomear até 10 assessores.


Cenário  "A gente vai continuar fazendo política, de uma forma ou de outra. Eu espero que de uma forma, com mandato. Se não tiver com mandato, eu vou fazer sem mandato". O trecho, parte dos quase 70 minutos do seu último programa, transmitido sábado (1) através de sua página no facebook, mostra que o deputado federal e 3 vezes prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), não vai abandonar o jogo. O que só vai se saber, a partir de meados ou final de 2019, é qual o tamanho de Caetano nessa disputa.


Cenário  2 Mesmo ferido e com poucas chances de assegurar seu 2º mandato, tirado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), num placar sintomático de 7X0, na sessão da última terça-feira (Confira), Caetano segue jogando o jogo que gosta e sabe jogar. Autodeclarando 'injustiçado', 'perseguido' e 'vítima' de um processo 'injusto', fruto de uma armação de seus adversários, garante que fez o certo e não cometeu nenhum crime de enriquecimento ilícito, muito menos usou dinheiro público para beneficiar aliados.


Cenário 3 Oscilando momentos de euforia, fragilidade, emoção e até lágrimas, Caetano prometeu retomar sua caminhada pelo estado, visitando suas bases que lhes renderam uma votação total de pouco mais de 124 mil votos. Garantiu que vai se manter vivo ajudando aliados na conquista do mandato de prefeitos pela Bahia. 


Cenário  4 Sem Caetano, a disputa paroquial de 2020 em Camaçari não pode ser classificada  como uma derrota sacramentada para o grupo oposicionista liderado pelo petista. A decisão do TSE, que juristas de todas as matizes reconhecem como sem salvação, não deixa o atual alcaide, natural candidato a reeleição, como nome imbatível. O demista Antonio Elinaldo precisar ajustar sua missa para mostrar que valeu a pena apear o PT do poder e colocar o DEM como a melhor alternativa para Camaçari. 


Cenário 5 Sem a principal liderança da oposição e de reconhecida capacidade eleitoral, o até então primeiro e único nome para a disputa, terá de compartilhar essa tarefa  de construção de uma nova alternativa com o governador Rui Costa, que naturalmente amplia seu cacife nesse tabuleiro, mesmo sem apresentar grandes realizações em Camaçari. Reeleito e dono da caneta, o não muito sintonizado com o estilo Caetano terá a ajuda de outro que já foi muito simpático ao ex-alcaide, o senador eleito Jaques Wagner. 


Cenário 6 Caetano que vinha em uma trajetória de ascensão e até reposição de seu cacife eleitoral em Camaçari, muito mais pelos erros nesses 2 anos de gestão do seu algoz no pleito de 2016, quando foi derrotado por quase 30 mil votos de  diferença, precisa reprogramar seu rosário. Se fortalecer como principal eleitor que decide quem vai enfrentar Elinaldo é sua tarefa de vida nos próximos meses. Criar a comoção popular vendendo a ‘injustiça’ da Justiça Eleitoral como ofertório para seu cofrinho eleitoral de senhor, é rota nessa estratégia de manutenção e reforço de imagem de grande líder, quase um mártir crucificado.  


Cenário 7  No provável cenário sem Caetano, a briga será entre os petistas, apesar da presença de aliados da base oposicionista. Em ordem alfabética, a lista é encabeçada pelo deputado estadual Bira Coroa (PT). Na suplência e esperançoso em assumir uma vaga na Assembleia Legislativa com o ajuste do governador no 1º escalão, Bira sonha em ser o nome de Rui, Wagner e Caetano. Diferente de Bira, que dificilmente teria as bênçãos de Caetano, os vereadores petistas Dentinho do Sindicato, Jackson Josué, José Marcelino e Téo Ribeiro buscam a clausura nos próximos meses. Rezam, se comportam, e até pregam o silêncio obsequioso como forma de evitarem pecados e assim, quem sabe, obter o sacramento do chefe.


Cenário 8  Fecha a lista petista a secretária de desenvolvimento econômico do estado, a quase ex-deputada estadual Luiza Maia (PT). A ex-vereadora e candidata a prefeita derrotada por José Tude, no pleito de 1988, não desiste do sonho. Pode até ser o nome de Caetano. Tudo vai depender de tudo.


Cenário 9 Correm por fora o midiático presidente do sindicato dos metalúrgicos e o irmão do deputado federal João Bacelar (Podemos). Entre outdoores, spots de rádio e outras peças publicitárias bancadas pelo sindicato que comanda, Júlio Bonfim (PCdoB) segue construindo sua imagem de eficiente e agregador. A alternativa, se a vaidade deixar, pode ser a disputa da vereança, hoje representada por Binho do 2 de Julho. Apesar da votação pífia para deputado estadual, em outubro, e vereador no pleito de 2016, Maurício Bacelar sabe que não é pecado sonhar com a unidade em torno do seu nome.


Aplauso As artes cénicas de Camaçari e da Bahia perdem uma das suas mais vigorosas representantes. A atriz e diretora Cilene Guedes deixou o palco na última quinta-feira (29). Muito mais que fundadora do Teatro Amador de Camaçari (TAC), ao lado do também diretor de teatro e seu companheiro Alberto 'Beto' Martins, Cilene foi a mais importante semente das artes cênicas na cidade. Foi o seu bando de atores que contou para a Bahia e para o Brasil que Camaçari fazia teatro e estava engajada. 


Apupo  Pena que esse trabalho foi sendo empurrado para fora de cena, graças a baixa capacidade de entendimento dos últimos secretários de cultura da cidade e seus irrealizáveis editais, e coisas tais e quais. Nessa conta não entra apenas as gestões  dos ex-alcaides Luiz Caetano e Ademar Delgado. O atual, Antonio Elinaldo, também merece o alarido pelo abandono da nossa arte maior.


Padrasto A decoração natalina da praça Abrantes, prevista para ser inaugurada nesta terça-feira (4), vai ficar uma lindeza. O lado feio fica por conta da intervenção equivocada do 'papai noel' da Sesp, que desalojou os artesãos instalados num espaço próprio, ao lado do módulo policial, para dar lugar à casinha do bom velhinho. Sem 'papai noel' na prefeitura para garantir seu espaço, artesãos terão de se contentar com os cantos da festa.  


Presente natalino  E o Boulevard Shopping Camaçari resolveu atropelar a Lei Municipal e decidiu botar catraca na porta. Clientes motorizados agora pagam para fazer compras. Por um período de 4 horas, carros custam R$ 5,00, e motos R$ 2,00. Diferente dos grandes shoppings instalados em Salvador, que  oferecem 30 minutos, o Boulevard Camaçari achou muito e assegura apenas 20 minutos de permanência sem custos. Provavelmente apostando na lei da gravidade natalina, quando todos os clientes são atraídos  para as lojas, shopping acredita que trocados extras vão ajudar a bancar os custos de um equipamento que desde a sua inauguração exibe baixo movimento nos seus corredores. 


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João Leite Filho joaoleite01@gmail.com (Editor)


3/12/2018

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