Dos cerca de 2.800 feminicídios registrados em 2017, em 23 países da América Latina e do Caribe, 1.133 ocorreram no Brasil. Em termos absolutos, foi o Brasil o campeão de assassinatos de mulheres segundo dados divulgados pela Comissão Econômica para Amédica Latina e região (CEPAL). Em termos proporcionais, El Salvador apresenta o pior cenário, com 10 mulheres mortas para cada 100 mil. No Panamá, Peru e Venezuela, as taxas são de 1 homicídio para cada 100 mil cidadãs.
De acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, diante da gravidade do problema 18 países latino-americanos começaram, desde 2007, a modificar leis para tipificar o crime como feminicídio ou homicídio agravado por razões de gênero. Entre as nações que já tipificaram esse delito estão: Costa Rica, Chile, El Salvador, Argentina, México, Bolívia, Honduras, Peru, Equador, Venezuela, Brasil, Colômbia, Paraguai e Uruguai.
De acordo com a Comissão, um dos principais desafios para resolver o problema é compreender que todas as formas de violência contra as mulheres estão determinadas, não apenas pela condição sexual e de gênero, mas também por diferenças econômicas, raciais, culturais, de religião, de idade e outros tipos.
Nesse sentido, a secretária Nacional de Políticas para as Mulheres do Ministério dos Direitos Humanos, Andreza Colatto, alerta que é preciso denunciar e dizer a companheiros e homens próximos que certas condutas masculinas não devem ser aceitas.
Para tentar reverter o quadro brasileiro, Andreza Colatto também informa que a Secretaria Nacional está implementando junto a órgãos estaduais de todo o país diretrizes para orientar a ação de investigação, acolhimento à vítima e punição aos acusados. E ela ainda destaca o Ligue 180, serviço gratuito para denúncias e esclarecimentos. Agência Brasil