Pelo menos 38.436 pessoas foram assassinadas nos entre janeiro e setembro deste ano no Brasil. Apenas em setembro foram registradas 3.721 mortes violentas. A Bahia registrou 401 mortes violentas em setembro. Número representa 2.60 mortes por cada 100 mil habitantes. Número é maior em relação a agosto (2.58), mas apresenta queda em relação a julho, com taxa de 2.90 e nos meses anteriores até janeiro, com taxas acima de 3.0. Número é maior que São Paulo, maior estado em população, com 261 mortes volentas. Bahia também aparece com mais mortes que o Rio de Janeiro (396) e Minas (230).
O número é ainda maior, já que os estados do Maranhão e Paraná não divulgam os dados referentes a setembro. O Paraná é o único que não divulga também os dados de julho e de agosto.
A situação mais dramática é a de Roraima, com taxa de 7.1 mortes por cada 100 mil habitantes. Estado com a maior taxa de mortes violentas do Brasil no primeiro semestre de 2018. Caso o ritmo seja mantido, Roraima pode dobrar o total de assassinatos em relação ao ano anterior. Em janeiro de 2017, o estado foi palco de uma rebelião no sistema penitenciário promovida pela disputa entre facções que causou 33 mortes.
Os estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Acre, respectivamente na segunda, terceira e quarta posição do ranking nacional de homicídios, também enfrentam situações dramáticas, decorrentes de rivalidades entre facções originadas nas prisões, mas que se espraiaram para os bairros pobres.
O índice nacional de homicídios, ferramenta criada pelo portal G1, permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. O número consolidado até agora contabiliza todos os homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, que, juntos, compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.
O mapa faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Levantamento segue o padrão metodológico utilizado pelo Fórum no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.