O presidente eleito, Jair Bolsonaro, terá à disposição pelo menos 10 mil cargos de livre nomeação a partir da posse, em 1º de janeiro de 2019. A informação foi dada aos jornalistas nesta segunda-feira (29/10) pelo ministro Eliseu Padilha (Casa Civil). Ainda segundo Padilha, Bolsonaro indicará nos próximos dias até 50 assessores para integrar a equipe de transição. Segundo Padilha, os nomes serão indicados na próxima quarta-feira (31), quando ele terá reunião com o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), anunciado como futuro ministro da Casa Civil.
A equipe da transição pode permanecer no cargo do momento da indicação até no máximo dez dias após a posse de Bolsonaro. Eles receberão celulares com o programa que conterá as informações do governo e o detalhamento de dados de cada ministério.
Lorenzoni já disse que pretende reduzir em pelo menos 20% o total de funcionários em cargos comissionados. Para ocupar essas funções, o que se discute é a promoção de servidores de carreira a esses postos.
Padilha lembrou que o partido dele, MDB, adotou postura de independência no segundo turno da eleição presidencial e que, portanto, terá de abrir mão dos cargos que dispõe hoje no governo.
“O MDB já tem posição de independência em relação ao governo. A independência, por certo, passa também pelo fato de ter que abrir mão de cargos”
Padilha disse que ainda não há reunião marcada entre o presidente Michel Temer e o presidente eleito. Segundo Lorenzoni, Bolsonaro só deve ir a Brasília na próxima semana.