A 3 dias do segundo turno, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) tem 56% dos votos válidos, contra 44% do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Os números que mostram uma frente de 13 milhões de votos em favor de Bolsonaro, são da mais recente pesquisa feita pelo instituto Datafolha que entrevistou 9.173 eleitores em 341 cidades entre quarta-feira (24) e hoje (25/10). No levantamento realizado semana passada , nos dias 17 e 18 de outubro, a diferença era de 59% a 41%. A pesquisa tem margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
O candidato do PT continua com rejeição maior que seu adversário. Haddad , que tinha na pesquisa anterior 54% dos eleitores dizendo que não votariam nelçe de jeito nenhum, agora tem 52% de rejeição. Já Bolsonaro teve sua rejheição aumentada de 41%, na pesquisa anterior, para 44%. A certeza do voto dos eleitores declarados de ambos é alta: 94% dos bolsonaristas e 91% dos pró-Haddad se dizem convictos.
Ainda segundo a pesquisa, 91% dos eleitores pesquisados disseram que não mudarão mais as suas escolhas. O número é praticamente idêntico ao da pesquisa anterior (17 e 18 de outubro), em que 90% afirmaram já ter decidido seus votos.
Em votos totais, Bolsonaro tem 48%, ante 38% de Haddad e 6% de indecisos. Há 8% de eleitores que declaram que irão votar branco ou nulo. Desses, 22% afirmam que podem mudar de ideia até o dia da eleição.
O deputado perdeu apoio em todas as regiões do país, embora mantenha sua liderança uniforme, exceto no Nordeste, onde Haddad tem 56% dos votos totais e Bolsonaro, 30%. A maior subida de Haddad ocorreu na região Norte, onde ganhou sete pontos, seguido da Sul, onde ganhou quatro. Já Bolsonaro mantém uma sólida vantagem na área mais populosa do país, o Sudeste: 53% a 31%. O Centro-Oeste e o Sul seguem como sua maior fortaleza eleitoral, com quase 60% dos votos totais nas regiões.
Entre os mais jovens (16 a 24 anos), Haddad viu sua intenção de voto subir de 39% para 45%, empatando tecnicamente com Bolsonaro, que caiu de 48% para 42%. Em todas as faixas etárias superiores, contudo, o deputado mantém sua vantagem sobre o ex-prefeito.
O segmento em que o petista mais subiu foi entre os mais ricos, aqueles que ganham mais de 10 salários mínimos. Ali, cresceu oito pontos, mas segue perdendo de forma elástica para Bolsonaro: 61% a 32% dos votos totais. Haddad lidera na outra ponta do estrato, entre os mais pobres (até 2 salários mínimos), com 47% contra 37% do deputado.
Entre o eleitorado masculino, Bolsonaro mantém ampla vantagem, embora tenha caído três pontos —mesma medida da subida do petista. Tem 55% a 35%, distância que é reduzida a um empate técnico por 42% a 41% entre as mulheres.