O mestre de capoeira Moa do Katendê, assassinado por um apoiador do candidato Bolsonaro, no último dia 7, após uma discussão política, foi homenageado pelo astro do rock britânico Roger Waters durante seu show na noite de quarta-feira (17/10) na Fonte Nova, em Salvador. “Ele foi morto por causa das ideias que ele acreditava, de paz, de amor. Perdemos um enorme talento”, disse o artista e um dos fundadores da banda de rock Pink Floyd.
“O futuro do Brasil deve ser construído com base na filosofia de vida dele, não dos agressores. Mesmo que não acredite nos direitos humanos, você deve defendê-los para todos os povos, não só no Brasil. Independentemente da cor da pele. Nós somos incolores”. A homenagem a mestre Moa, com direito a imagem no telão do show, provocou de gritos de "ele não", mas também ouvia-se em menor amplitude gritos de reprovação por partidários de Bolsonaro.
Roger Waters também homenageou a liberdade . Um grupo de 12 crianças em situação de vulnerabilidades social do Projeto Axé se apresentaram durante The Wall parte 2. Vestidos como presidiários estadunidenses, de macacão laranja, com capuzes pretos na cabeça, as crianças vestiam uma camisa com o escrito "resist". Em seguida o público voltou a se manifestar contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) com um estrondoso coro "Ele não".
A polarização demonstrada nos shows anteriores pelo Brasil não aconteceu na Bahia, estado onde o petista Fernando Haddad ganhou em 411 dos 417 municípios, com 60% dos votos. Com informações da Folha de São Paulo