O ex-govenador e candidato posicionado em 3º lugar na disputa presidencial, Ciro Gomes (PDT), viaja nesta quinta-feira (11) para a Europa. Decisão preocupa a campanha de Fernando Haddad (PT) que tinha esperança de convencer o ex-adversário a integrar sua equipe, em uma tentativa de formar uma frente em defesa dos valores democráticos, contrapondo-se a Jair Bolsonaro (PSL).
A ausência de Ciro na saída do segundo turno, porém, foi entendida como senha pelo petista de que ele não quer participar de um movimento mais amplo contra o capitão reformado do Exército. Na quarta (10), o PDT anunciou um "apoio crítico" a Haddad e o presidente da sigla, Carlos Lupi, sinalizou que Ciro não iria subir no palanque do candidato do PT.
Ciro teve 12% dos votos válidos no primeiro turno e pesquisa Datafolha divulgada quarta-feira (10) mostra que muitos deles migram para Haddad. O petista hoje tem 42% frente a 58% de Bolsonaro. Com o apoio dos partidos de centro-esquerda -PDT, PSOL e PSB- formalizados, Haddad quer ampliar seu arco para outros setores e atores da sociedade e, assim, formar a frente em defesa dos valores da democracia. Folha de São Paulo