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Bancada feminina no Congresso Nacional aumenta 15%

O número de candidatas mulheres eleitas  domingo (7/10) para deputada federal aumentou. A bancada feminina, até então composta por 53 parlamentares, agora terá 75 integrantes, o que representa 15% das 513 vagas na Câmara dos Deputados. Antes, o percentual era de 10%.


Embora ainda distante da paridade num país em que mais de 51% da população é mulher, o percentual é o maior já alcançado por mulheres na Casa. Em 1998, apenas 29 candidatas foram eleitas, o equivalente a 6% das vagas. O índice chegou a dois dígitos somente em 2014, quando foram eleitas 51 parlamentares. Apesar do aumento, as campanhas de mulheres tiveram pouco sucesso pelo país. De 2.769 candidatas ao cargo de deputada federal, apenas 3% foram bem-sucedidas.


Os estados do Amazonas, Maranhão e Sergipe não elegeram nenhuma mulher para a Câmara. Os partidos com mais candidatas eleitas foram PT, com 10 deputadas, PSDB, com 8, e PSL, com 7. A sigla do presidenciável Jair Bolsonaro, considerando homens e mulheres, agora tem a segunda maior bancada da Câmara, atrás apenas do PT.


Dentre as eleitas está advogada Joênia Wapichana (Rede-RR), que será a primeira mulher indígena a ocupar o cargo, após receber 8.491 votos. Além dela, foram eleitas a jornalista Joice Hasselmann (PSL-SP) e a Policial Militar Katia Sastre (PR-SP), que se tronou conhecida por matar um assaltante na porta de uma escola em Suzano, cena exibida em sua campanha. A senadora e presidente do PT Gleisi Hoffmann também foi eleita pelo Paraná.


Para o Legislativo, os partidos são obrigados a lançar ao menos 30% de candidatas mulheres, cumprindo a determinação que existe desde 1997. Em maio deste ano, o TSE decidiu que 30% do fundo público de financiamento de campanhas deveria ser destinado a elas.


Já no Senado, foram disputadas 54 das 81 cadeiras e eleitas sete mulheres. O número é o mesmo que em 2010, quando também foram renovadas cerca de um terço das cadeiras. Duas das eleitas são do PSL: a juiza Selma Arruda (MT) e Soraya Thronicke (MS). Com isso, o Senado terá 12 senadoras, o que representa 15% das vagas, uma a menos que na atual legislatura. No Congresso Nacional, o percentual de mulheres é o mesmo.


O Brasil ocupa atualmente a 156ª posição no ranking mundial de igualdade no Parlamento da Inter-Parliamentary  Union (IPU), feito com mais de 190 países no dia 1º de setembro. Até então, o país estava atrás da Índia (151º), que tem 12% de mulheres na Câmara e 11% no Senado. 


Mesmo com o aumento de deputadas eleitas, o Brasil não se aproxima de países como Argentina (17º), com 39% na Câmara e 42% no Senado, Afeganistão (55º), com 28% e 26%, e Estados Unidos (103º), com 20% e 23%. 


Na disputa pelos governos dos estados e Distrito Federal, das 30 candidatas que disputaram as eleições, nenhuma foi eleita em primeiro turno e apenas a senadora Fátima Bezerra (PT) segue na disputa. Ela tentará se eleger governadora do Rio Grande do Norte, contra o candidato Carlos Eduardo (PDT). Em Roraima, Suely Campos (PP), única mulher eleita em 2014 para o cargo, ficou de fora da disputa para o segundo turno. No Paraná, a atual governadora Cida Borghetti (PP) perdeu a eleição para Ratinho Junior (PSD). 


 


MULHERES DEPUTADAS


2018


75 deputadas eleitas, sendo:


> 10 deputadas são do PT, oito do PSDB e sete do PSL


2.769 mulheres se candidataram ao cargo


Número de candidatas eleitas ao longo dos anos:


1998 - 29 deputadas eleitas


2002 - 42 deputadas eleitas


2006 - 47 deputadas eleitas


2010 - 45 deputadas eleitas


2014 - 51 deputadas eleitas


MULHERES SENADORAS


2018


7 senadoras eleitas


63 mulheres se candidataram ao cargo


RANKING MUNDIAL DE IGUALDADE NO PARLAMENTO*


Posição e percentual de vagas no Congresso ocupadas por mulheres:


156º - Brasil, com 11% 
151º - Índia, com 12%
103º - Estados Unidos, com 20%
39º - Reino Unido, com 28%
17º - Argentina, com 39%

*O levantamento foi feito pela Inter-Parliamentary Union (IPU) com mais de 190 países. Os dados são de 1º de setembro. Informações Jornal Folha de São paulo

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