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Ativistas contra a violência sexual ganham Nobel da Paz


Nadia Murad e o ginecologista congolês Denis Mukwege foram escolhidos pela Academia Sueca

A jovem yazidi Nadia Murad e o ginecologista congolês Denis Mukwege receberam o Nobel da Paz de 2018 por seus esforços contra o uso da violência sexual como arma de guerra. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (5/10), em Oslo, na Noruega, e confirma a ascensão do tema da violência contra as mulheres e da igualdade de gêneros como uma das maiores preocupações da época contemporânea. A distinção de dois ativistas da questão de gênero mostra a força da mobilização internacional gerada desde 2017 em torno do tema da violência cometida contra as mulheres. 


Nadia Murad, mulher da minoria yazidi foi transformada em escrava sexual pelo grupo Estado Islâmico (EI) durante a ocupação de territórios da Síria e do Iraque.  Ela foi uma das cerca de 3 mil crianças e mulheres que sofreram abuxos sexuais como parte da estratégia militar do EI, que usava este tipo de violência como uma arma contra os yazidis e outras minorias religiosas".


Mukwege, de 63 anos, é o chefe do Hospital Panzi, na cidade de Bukavu. Aberta em 1999, a clínica recebe milhares de mulheres anualmente, muitas das quais solicitando cirurgias em decorrência de violência sexual. Nadia, de 25 anos, é uma defensora da minoria Yazidi no Iraque, de refugiados e dos direitos das mulheres em geral. Ela foi escravizada e estuprada por combatentes do EI em Mossul em 2014.


Com seu trabalho, Mukwege e sua equipe trataram milhares de pacientes que foram vítimas destes ataques, "condenaram a impunidade das violências em massa e criticaram o governo da República Democrática do Congo e de outros países por não terem feito o suficiente para acabar com a violência sexual contra mulheres como estratégia e arma de guerra", disse Berit.


Por trás da escolha da Academia, estão também a campanha #MeToo, que trouxe à tona a extensão do problema das agressões sexuais e do assédio às mulheres, assim como uma reação do mundo acadêmico nórdico ao escândalo que abalou a própria credibilidade do Nobel, e que envolveu casos de omissão de membros da Academia Sueca responsável pela entrega do Prêmio Nobel de Literatura - cancelado em sua edição de 2018.

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